Diplomacia Bolsonaro delega Braga Netto para definir posição sobre Ucrânia, após dizer ‘competência é minha’ Presidente ordenou que ministro da Defesa seja ouvido pelo Itamaraty antes de qualquer manifestação sobre invasão à Ucrânia Em Tempo* - 25/02/2022 às 15:2125/02/2022 às 15:22 (Photo by Andre Borges/NurPhoto via Getty Images) Brasília (DF) – O presidente Jair Bolsonaro ordenou ao chanceler Carlos França que o ministro da Defesa, general Braga Netto, seja ouvido previamente antes de qualquer manifestação oficial do Itamaraty sobre a invasão russa na Ucrânia. O ordem foi passada por Bolsonaro ao ministro das Relações Exteriores durante reunião fora da agenda na noite dessa quinta-feira (24), no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente em Brasília. A ideia é que Braga Netto traga ao Itamaraty avaliações e ponderações de riscos, da situação militar no leste europeu, além de compartilhar informação de adidos nas embaixadas. Na manhã desta sexta-feira (25), Bolsonaro se reuniu com Braga Netto e outros ministros-generais no Palácio da Alvorada, fora da agenda, para discutir o plano de evacuação dos brasileiros que estão na Ucrânia. A delegação de Braga Netto para tratar do assunto ocorre depois de Bolsonaro desautorizar Mourão sobre falas defendendo soberania ucraniana. Além do titular da Defesa, participaram da conversa os ministros-generais Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional). Posição brasileira Até o início da tarde desta sexta, o Itamaraty soltou apenas uma nota oficial após a invasão da Rússia na Ucrânia. No documento, o Brasil pede a “suspensão imediata das hostilidades”, mas não condena a ação russa. No entanto, há uma cobrança dos Estados Unidos, de países europeus e da própria Ucrânia para que o governo brasileiro adote uma nova postura mais dura em relação à Rússia. O Itamaraty também avalia apoiar o projeto de resolução que os americanos apresentaram no Conselho de Segurança da ONU condenando a invasão russa na Ucrânia. *Com informações do Metrópoles Edição: Lucas Henrique Leia mais: Lei marcial: homens de 18 a 60 anos não podem deixar a Ucrânia Líderes políticos do Brasil se posicionam em meio à guerra entre a Rússia e Ucrânia Bolsonaro desautoriza Mourão por fala sobre a Ucrânia: “Competência é minha” Entre na nossa comunidade no Whatsapp!