Na manhã de domingo (13), um vídeo repercutiu nas redes sociais mostra uma cliente negra abordada no provador das Lojas Renner do Shopping Madureira, na zona norte do Rio, por uma funcionária que a acusava de ter roubado um casaco.
Na gravação feita por outra cliente, a colaboradora entra de repente no provador e exige que a mulher tirasse da bolsa tudo o que ela “pegou da loja”.
A moça explicou que o casaco que estava em sua bolsa era da Redley e não da Renner.
As acusações só cessaram após a funcionária ver a etiqueta do casaco e afirmar “que só tinha ido falar com ela para entregar o cartão (que corresponde ao número de peças)”.
O caso repercutiu nas redes sociais e clientes foram a frente da loja para se manifestarem aos gritos de “Renner racista”.
A Polícia Militar foi chamada ao local da ocorrência. Um outro vídeo que circula nas redes sociais mostra um policial conversando com a vítima. Ele chama a cliente para resolver a situação em um lugar reservado, diz que os direitos dela serão preservados, mas não estava ali para “fazer circo para ninguém”.
Em nota ao jornal OGlobo, a Polícia Militar afirmou que “as partes foram conduzidas para a delegacia”.
A empresa enviou um comunicado no qual sustenta que a “abordagem realizada foi totalmente inadequada e não está alinhada aos valores da Lojas Renner”.
Leia o comunicado na íntegra:
O episódio ocorrido no Madureira Shopping é inaceitável. A abordagem realizada foi totalmente inadequada e não está alinhada aos valores da Lojas Renner, por isso a colaboradora responsável já não faz mais parte do quadro de colaboradores da companhia. Nos sensibilizamos, lamentamos profundamente o ocorrido e daremos apoio à cliente, nos colocando à sua disposição.
A empresa não tolera racismo ou qualquer tipo de preconceito e discriminação. Reforçamos que temos uma política de Direitos Humanos, além de um Código de Conduta e um programa de diversidade que buscam promover a inclusão, o que passa pela sensibilização e capacitação constante das nossas equipes.
Continuaremos empenhados em avançar na conscientização de nossos times e no aprimoramento de nossos processos, reforçando os treinamentos e com atuação imediata na loja em questão, com o objetivo de garantir que o respeito e a equidade sejam aplicado sejam aplicados em todas as nossas relações.
*Com informações da Carta Capital
Leia mais:
“Macaca”: Professora sofre racismo e alunos acham suástica em escola de SP
Atacante do São Raimundo sofre racismo em supermercado de Manaus
Luísa Sonza publica retratação e pede desculpa após caso de racismo; veja vídeo
Para ficar por dentro de outras notícias e receber conteúdo exclusivo do portal EM TEMPO, acesse nosso canal no WhatsApp. Clique aqui e junte-se a nós! 🚀📱