O ditador Kim Jong Un disse que a Coreia do Norte quer se tornar a força nuclear mais poderosa do mundo ao comemorar o lançamento de seu mais novo míssil balístico intercontinental (ICBM), informou a mídia estatal neste domingo (27).
Kim também promoveu mais de 100 funcionários e cientistas por seu trabalho no Hwasong 17, que os analistas chamam de “míssil monstro” e que acredita-se que possa atingir o território continental dos Estados Unidos, poucos dias depois de seu lançamento em um teste.
Kim saudou o novo ICBM como “a arma estratégica mais poderosa do mundo” e disse que os cientistas norte-coreanos deram “um salto maravilhoso no desenvolvimento tecnológico da montagem de ogivas nucleares em mísseis balísticos”, informou a agência de notícias oficial KCNA.
Construir a força nuclear para proteger a dignidade e a soberania do Estado e do povo “é a maior e mais importante causa revolucionária, e seu objetivo é ter a força estratégica mais poderosa, a força absoluta sem precedentes no século”, disse Kim na cerimônia.
Os oficiais e cientistas promovidos demonstraram ao mundo o “objetivo de construir o exército mais forte do mundo”, acrescentou.
O veículo de lançamento Hwasong 17 foi proclamado “Herói da RPDC (Coreia do Norte)”, disse a KCNA em um relatório separado. “Demonstrou claramente ao mundo que a RPDC é uma potência nuclear de pleno direito”, segundo a agência.
Hong Min, do Instituto Coreano de Unificação Nacional, comentou que a celebração do lançamento do Hwasong 17 visa elevar a imagem de seu país como uma potência nuclear.
“Se o Hwasong 15 de 2017 se concentrou em se tornar o país que pode ameaçar a pátria dos EUA com armas nucleares, o novo míssil pretende torná-lo o Estado mais poderoso com mísseis balísticos”, disse ele.
Desde 2006, o Conselho de Segurança da ONU aprovou várias resoluções impondo sanções contra Pyongyang por sua atividade nuclear e de mísseis.
Durante uma sessão de fotos no sábado com autoridades e cientistas envolvidos no lançamento do míssil, Kim pediu “reforço ilimitado da força defensiva”, disse a KCNA.
Kim incentivou cientistas e trabalhadores a “expandir e fortalecer o elemento nuclear de dissuasão a uma velocidade excepcionalmente rápida”.
r7*
Edição Web: Bruna Oliveira
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