Manaus (AM) – O cantor Igor Moreira de Lima, de 29 anos, executado com cerca de 20 tiros após voltar de um show em Manacapuru (distante 98 quilômetros de Manaus), foi morto por engano, de acordo com o delegado Ricardo Cunha, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). O crime aconteceu na noite do dia 4 de janeiro deste ano, no bairro Colônia Santo Antônio, Zona Norte de Manaus.
As investigações apontaram para a morte por engano após os depoimentos de Wala Lourenco Ferreira, 29 anos, conhecido como “BH”, e Gabriel Mendes Ferreira, 21 anos, o “Dedinho”, presos, na sexta-feira (13), por envolvimento na morte de Igor Moreira.
“BH” e “Dedinho” confessaram em depoimento que receberam a ordem para matar um desafeto de um traficante, mas após a execução do cantor foram informados de que mataram o homem errado. O delegado informou que o fato de Igor estar em um veículo com características semelhantes, foi morto com cerca de 20 tiros.
“Os indivíduos que prendemos informaram que foram contratados para fazer essa missão. Eles contaram que não sabiam quem era o alvo, mas que tinham a missão de matá-lo. No entanto, eles foram avisados que mataram a pessoa errada. Era para matar desafeto de facção rival, mas assassinaram uma pessoa inocente”,
informou o delegado.
“Ele [Igor] era claramente inocente, sem passagem pela polícia, sem envolvimento com o tráfico de drogas ou com agiotagem”, completou o delegado Ricardo Cunha.
O delegado Daniel Antony, adjunto da DEHS, relatou qual foi o papel dos criminosos na morte do cantor Igor. “No momento da ação criminosa, Wala foi o motorista do veículo que deu fuga ao grupo, ‘Dedinho’ e Patrick de Lima Batista, chamado de ‘PK’, foram os executores; e Jânio Pacheco de Sales, conhecido como ‘Pica Pau’, o mandante”, detalhou Antony.
Procurados
Jânio Pacheco de Sales, conhecido como “Pica Pau”, e Patrick de Lima Batista, o “PK”, estão sendo procurados pela morte do cantor.
Informações devem ser repassadas ao número (92) 98118-9535, disque-denúncia da DEHS, ou pelo 181, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM).
Prisões
Gabriel foi preso no beco Paquetá, comunidade Vale do Sinai, bairro Cidade Nova; já Wala no bairro Colônia Santo Antônio, no mesmo bairro onde o crime aconteceu.
Durante a prisão de Gabriel foram encontradas diversas porções de maconha e oxi, munições, e uma motocicleta roubada. Já com Wala foi apreendido o veículo utilizado no delito.
Os mandados de prisão temporária foram expedidos no dia 12 de janeiro deste ano, pelo juiz Eliezer Fernandes Júnior, no Plantão Criminal.
Wala e Gabriel já possuem passagem pela polícia por tráfico de drogas e roubo.
Procedimentos
Ambos responderão por homicídio qualificado. Gabriel também foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e posse de munições.
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