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Invasão nos Três Poderes

Presos por invasão, Bolsonaristas reclamam de falta de wifi, de água gelada e da limpeza nas lentes de contato

Juízes responsáveis por conduzir as audiências relatam reclamações por conta da falta de “conforto” nas celas

Bolsonaristas detidos por participação nos atos golpistas em Brasília Foto: Amanda Perobelli/REUTERS

Brasília — Os bolsonaristas detidos por envolvimento na invasão dos prédios dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro, e os que estavam acampados na frente do quartel-general do Exército, estão fazendo pedidos inusitados nas audiências de custódia. Juízes responsáveis por conduzir as audiências relatam reclamações por conta da falta de “conforto” nas celas. As informações são do site Folha de SP.

Um deles reclamou que, desde que havia sido detido, não tinha tido as condições necessárias para limpar suas lentes de contato. O magistrado autorizou que o advogado levasse o produto adequado para a higienização.

São comuns reclamações de manifestantes que entraram nos ônibus que os levaram ao presídio sem saberem aonde estavam indo. Um deles se queixou de ter sido preso contra a sua vontade. “Não sei se o senhor sabe, mas é assim que a prisão funciona”, respondeu o juiz responsável pela audiência.

Há protestos ainda pela falta de água gelada para beber, de wi-fi e pela qualidade da comida. Um preso de Santa Catarina contou estar comendo apenas frutas, suco e todinho desde domingo passado.

Outros exigem ainda mais espaço em suas celas. Um dos presos disse estar em um espaço com dez pessoas, sendo que só cabem oito. O juiz contestou que nas carcerárias são comuns 32 presos onde cabem oito.

Até domingo (15), já tinham sido ouvidas 1.248 pessoas nas audiências de custódia pelos juízes federais do Tribunal Regional Federal da 1ª Região ((TRF-1) e estaduais do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). O trabalho é coordenado pela Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Pela quantidade de presos, advogados têm ficado de prontidão para conseguir clientes. Em média, oferecem uma audiência por R$ 1.000.

O mutirão se iniciou na quarta-feira (11). O trabalho será encaminhado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que pode manter as prisões, soltá-los ou, ainda, declinar a competência, caso a caso.

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