Você sabia que um sono de qualidade pode aumentar a expectativa de vida em até cinco anos? A estimativa faz parte do estudo apresentado nesta semana na Sessão Científica Anual do American College of Cardiology. A quatro dias para a Semana Nacional do Sono – que acontece entre os dias 13 e 19 de março –, o especialista em Medicina do Sono Lívio Martins Teixeira auxilia quem decidiu adotar bons hábitos para garantir essa longevidade.
Aplicado junto a mais de 172 mil pessoas, entre 2013 e 2018 como parte da Pesquisa Nacional de Saúde feita anualmente pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) e pelo Centro Nacional de Estatísticas de Saúde dos EUA, o levantamento divulgado no Congresso abordou cinco fatores: duração ideal de sono de sete a oito horas; facilidade em adormecer; facilidade em permanecer dormindo; dispensa de medicamentos; e revigor após o sono.
Especialista em Otorrinolaringologia e Medicina do Sono pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) e pela Associação Médica Brasileira (AMB), Teixeira comenta que o sono de qualidade é aquele em que as pessoas acordam descansadas e dispostas.
“E que, ao longo do dia, você não perceba uma fadiga, que permite que você produza suas atividades normalmente”, acrescenta.
De acordo com ele – que compartilha orientações em seu perfil do Instagram (@drlivioteixeira) –, existem várias medidas pra garantir um sono de qualidade, chamadas, no conjunto, de “higiene do sono”.
“As principais delas são: manter uma regularidade, ou seja, ter horas certas para dormir e acordar; ter uma alimentação de qualidade; fazer atividades físicas adequadas e regulares; evitar uso de bebidas estimulantes, principalmente à noite; ter sempre um ambiente adequado para o sono, com cama confortável e silêncio. São hábitos que devemos manter para que os momentos de relaxamento durante a noite sejam reparadores”, explica.
Privações de sono
No Brasil, estender a vida em até cinco anos está longe de ser uma realidade, já que dormir mal costuma ser uma queixa comum. Conforme estudo elaborado por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), publicado na revista Sleep Epidemiology, quase 66% dos brasileiros enfrentam problemas relacionados ao sono.
Ao todo, há mais de 80 distúrbios responsáveis pela privação de sono, segundo Teixeira, sendo os mais prevalentes a insônia, o ronco e a apneia obstrutiva do sono.
“De maneira geral, o principal indicativo de que alguém sofre de um desses distúrbios é o impacto na qualidade de vida. A pessoa vai se queixar de sonolência diurna, de que acordou cansada, de que o sono não foi reparador. E, quando isso é bastante habitual e recorrente, dura mais de três meses, deve ser investigado”, pontua.
Segundo Teixeira – fundador da Clínica MedSono Manaus –, o médico do sono pode ajudar a identificar esses mais distúrbios e oferecer o tratamento adequado, seja medicamentoso, cirúrgico ou complementar.
“O tratamento do paciente com distúrbio do sono é sempre individualizado e o planejamento é montado junto com o paciente”, enfatiza.
Com informações da assessoria*
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