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Companhia independente

“Experiência flutuante”: Circo Caboclo realiza espetáculo circense e oficinas em Belém

Além das apresentações, a Circo Caboclo realizou, em parceria com Circo Nós Tantos, oficinas gratuitas de acrobacias aéreas e bambolê

Jean Winder e Laísa Silva na apresentação circense Foto: Paulo Desana

Belém (Pará) — “Existe muita leveza e cumplicidade de palco entre os dois acrobatas. Gostei muito de como os corpos pulsam com a luz”, conta a musicista Sonyra Bandeira, que prestigiou a “Experiência Flutuante — Espetáculo acrobático”, primeira estreia da Companhia Circo Caboclo neste ano, no Teatro Experimental Waldemar Henrique, em Belém (PA).

A estreia da companhia independente em Belém contou, na última semana, com um espetáculo com acrobacias aéreas, dança, música ao vivo e atuação em cena, com momentos de tensão e surpresas. Além das apresentações, a Circo Caboclo realizou, em parceria com Circo Nós Tantos, oficinas gratuitas de acrobacias aéreas e bambolê.

No elenco, estão os acrobatas Jean Winder e Laísa Silva, na música Alexandre da Amazônia, Cícero Benedito e Wilkerson Lima, iluminação de Daniel Ferrat, com a produção de Jean Winder e Amanda Magaiver (Manaus), além de Yure Lee (Belém). Cícero Benedito também como videomaker e fotógrafo.

O espetáculo marcou o intercâmbio cultural na região Norte. A companhia independente de Manaus realizou, em fevereiro, apresentações e oficinas gratuitas na capital amazonense e depois levou a apresentação para a capital do Pará.

“As apresentações em Belém foram um sucesso. Conseguimos levar uma experiência muito interessante de intercâmbio com o meio artístico, cultural e intelectual de Belém. A companhia teve um grande apoio da comunidade artística de Belém e tivemos um público muito considerável nos espetáculos. Foram noites de sucesso e deu tudo certo nas apresentações”,

declara o acrobata Jean Winder.

Receptividade paraense

O espetáculo ficou marcado pelas sensações que o público sentiu. Para os apreciadores da apresentação circense foi até difícil explicar a “Experiência Flutuante”.

“Achei a apresentação incrível, admito que não sei muito transcrever o que senti. Achei lindo, quem chega e ver apenas o cenário não imagina a grandiosidade que será a apresentação, o abraço entre os deuses da natureza em suas forças individuais, se unido e até sendo apenas um em força. Enquanto via a apresentação, não sei se essa seria a interpretação que queriam transmitir, mas pensava muito na questão de deuses, sendo ele a terra e o ar e em uma questão de equilíbrio, força e resistência. Ambos com sua importância, com sua força e juntos traziam o equilíbrio”,

destaca a acadêmica Pamella Souza.

A acrobata amazonense Laisa Silva atua como professora de balé e, na arte circense, fez sua estreia no espetáculo acrobático “Experiência Flutuante”. De acordo com ela, a receptividade do público paraense foi ótima.

“Me surpreendi positivamente. Sabia que seria um público receptivo, mas eu realmente não tinha noção de que eles seriam bem mais que isso. Tivemos uma resposta positiva deles e, para nossa felicidade, eles foram extremamente acolhedores, notamos que o público estava verdadeiramente aberto para receber o espetáculo. Em relação às oficinas, cada detalhe, informação e técnica ensinada era recebida de maneira muito valiosa, o que é gratificante para nós como artistas. A apresentação do espetáculo experiência flutuante em Belém foi inexplicável. Realmente foi algo mágico, uma sensação de dever cumprido e de que as pessoas conseguiram absorver a nossa proposta”,

lembra Laisa.

Primeiro espetáculo de 2023

Apresentação circense de Jean Winder e Laísa Silva Foto: Paulo Desana

A “Experiência Flutuante — Espetáculo acrobático” tem o patrocínio do Banco da Amazônia (Basa). Com o apoio da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), do Programa de Dança, Atividades Circenses e Ginástica (Prodagin) e do Studio W, estúdio de instrumentos musicais que une a sustentabilidade e a paixão por música.

O espetáculo foi a primeira apresentação da companhia independente de Manaus em 2023. Após a exibição na capital amazonense, a Circo Caboclo pôde concluir o primeiro projeto deste ano. “As atividades foram bem realizadas, tanto as apresentações, que tiveram uma boa repercussão na mídia e entre o pessoal da área cultural. Várias pessoas me mandaram mensagens dizendo que adoraram as apresentações, dizendo que tinham tido para o teatro com muito tempo de antecedência, já com medo de não conseguir assistir a espetáculo”,

argumentou o acrobata Jean Winder.

“Uma sensação de missão cumprida ao ter acontecido tudo que a gente planejou. O Basa veio e apoiou as ações, tanto os espetáculos quanto as oficinas, que tiveram um feedback muito positivo. A formação artística circense, assim como Manaus, Belém também tem uma dificuldade no mesmo aspecto”, completa.

Circo Caboclo

Laísa Silva e Jean Winder Foto: Paulo Desana

O projeto “Experiência Flutuante — Espetáculo acrobático” é realizado pela Cia Circo Caboclo. Criada em 2017, a companhia de artes se dedica à investigação e produção artística por meio da linguagem circense, na cidade de Manaus.

Fundada pelo artista amazonense Jean Winder, a cia Circo Caboclo propõe o intercâmbio de questionamentos e experiências entre artistas do Chile, Argentina e Brasil para estabelecer e produzir processos artísticos entre profissionais latino-americanos e ressignificar “fronteiras” por meio da arte e da tecnologia. Mais detalhes da companhia no Instagram: @circocaboclo.

*Com informações da assessoria

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