O presidente do Garantido, Antônio Andrade, foi afastado do cargo na noite desta sexta-feira (23). A decisão foi feita pelo presidente do Conselho de Ética da agremiação folclórica, Gerson de Oliveira Rodrigues.
Andrade foi informado da decisão durante a realização do Ensaio Técnico do Garantido, no curral Lindolfo Monteverde.
O documento não informa a motivação do afastamento, mas estabelece o prazo de 10 dias para que Antônio Andrade, entre com o processo de defesa.
Durante entrevista, o presidente declarou que sua única preocupação seria “colocar o Boi Garantido na Arena”, nós três dias de festival.
“Meu interesse é apenas colocar esse boi na Arena, e todo mundo entrar satisfeito. É isso que eu estou negociando, o resto não me interessa, me interessa colocar o boi na arena, porque a galera precisa disso. Vamos ver o que vai dar dessa negociação”, afirmou.
Falta de Verba
A Associação Folclórica Boi Garantido publicou uma nota, segunda-feira (19), ameaçando não participar do Festival Folclórico de Parintins 2023. O documento foi assinado pelo presidente da agremiação, Antônio Andrade, que alega dificuldades financeiras.
“Diante do cenário e dessas alternativas, fomos obrigados a seguir pela segunda opção, ou seja, pagar todos os funcionários do Bumbá. Isso implica a ausência de condições de nos apresentarmos nas três noites do Festival. Objetiva-se, assim, não só o pagamento dos trabalhadores, mas também evitar o colapso que se aproxima em caso de não cumprimento do acordado com nossos artistas em geral. Trata-se de calamidade iminente, com direito a ameaças de morte e cenário de caos social que deverá afetar não somente o Boi Garantido, mas a cidade de Parintins como um todo”
, diz a nota.
Apesar da nota publicada afirmar a falta de recursos financeiros, a agremiação folclórica já recebeu mais de R$ 13 milhões este ano entre patrocínio, bilheteria e aporte financeiro do Governo do Estado.
Em resposta, o governador do Amazonas, Wilson Lima, declarou não haver razão para o Boi não participar do festival folclórico e que o governo já havia feito sua parte.
“Não tem desculpa para não realizar o festival este ano. Não tem essa história de dizer: ‘ah, não deu pra fazer’. E não tem essa conversa de querer ameaçar o governo, de querer colocar a faca no pescoço do governo. Esquece, que isso não vai acontecer. O governo já fez a parte dele. Nós trabalhamos de forma antecipada. Antecipamos recursos para o Garantido”, disse Lima.
Solução
Como alternativa, a Associação Folclórica Boi-Bumbá Garantido firmou acordo com o Tribunal Regional do Trabalho para quitar as dívidas de ações judiciais trabalhistas movidas por ex-trabalhadores da entidade folclórica. São processo que se arrastam há anos deixados por administrações passadas. Já nesse acordo, serão pagos R$ 1 milhão e 500 mil. Serão firmados acordos para quitação de mais de 300 processos trabalhistas que estão em face de execução há mais de dez anos.
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