Uma pesquisa do Instituto Locomotiva para a IO Diversidade apontou que 2 a cada 10 brasileiros ainda acreditam que a homossexualidade é uma doença.
O levantamento aconteceu entre maio e junho deste ano, online, com 1574 participantes de todo o Brasil.
A diretora-executiva da IO Diversidade Rachel Rua destacou ainda que, dentre o grupo que acredita que a orientação sexual é doença, 4 em 10 respondentes acham que ela pode ser “curada.”
“O comportamento sexual humano é mais amplo do que a heterossexualidade, que é o modelo hegemônico e mais aceito pela sociedade”,
ponderou.
Segundo ela, tudo o que foge da ideia de “natural”, a sociedade classifica como desvio: “Isso não é verdade, a homossexualidade é um comportamento tão natural quanto a heterossexualidade, não é uma escolha.”
O estudo aponta ainda que 45% dos entrevistados não sabem o que é uma pessoa transgênero.
“O preconceito se expressa também pelo desconhecimento, que pode ser apenas ignorância sobre o tema ou resistência de conhecer o outro”,
disse Rachel.
7 em cada 10 participantes da pesquisa também disseram acreditar que é mais difícil para as pessoas LGBTQIA+ se inserirem no mercado de trabalho.
E 90% dos entrevistados afirmaram que as pessoas LGBTQIA+ sofrem violência e preconceito no Brasil.
“40% afirmam que não aceitariam filho que mudasse de gênero, que se reconhecesse trans ou não-binária, é um tabu, é preciso de informação e políticas públicas para reverter este quadro”,
completou.
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