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Roda de conversa

Amazonas discute políticas públicas na Caravana Participativa do Plano da Juventude Negra Viva

Mais de 150 pessoas participaram do primeiro dia de debates

Foto: Drance Jézus/Sejusc

Rodas de conversa sobre o enfrentamento à violência contra a população negra, debates sobre leis e programas amazonenses foram algumas das pautas do primeiro dia da Caravana Participativa do Plano da Juventude Negra Viva. A iniciativa do Governo Federal, coordenada no Amazonas pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), ocorre até esta terça-feira (1º), no Centro de Convenções dos Povos da Amazônia.

O encontro abordou, entre outros pontos, o alinhamento das demandas de comunidades, movimentos sociais, garantia do direito à cidade e valorização dos territórios. Ao todo, participaram mais de 150 pessoas no debate, enfatizando opiniões e pensamentos para construção do Plano. 

De acordo com o coordenador e representante do Ministério Público da Igualdade Racial, Luiz Bastos, a ação é fruto do Decreto nº 11.444, de 21 de março de 2023. Essa é uma nova leitura social, que coloca a juventude negra e reconhece a dívida histórica do Estado para com essa população. 

“Vir para o estado do Amazonas é algo que é fundamental porque a gente precisa construir essa política pública para juventude negra reconhecendo essa diversidade que existe no Estado brasileiro, dessas múltiplas juventudes, dos múltiplos contextos em que ela está inserida”,

comentou Luiz.

Ele pontua, ainda, que este é o 15º estado a receber a Caravana,  realizando essa escuta participativa com intuito de trazer melhorias para todo o país.

“Nosso entendimento é que a gente passou seis anos sem essa escuta, sem essa troca com os movimentos sociais e  com as populações. Nós estamos retomando essa perspectiva, no sentido de ouvir diretamente essas populações para que elas sejam sujeitas e sujeitas autônomas na construção da política pública”,

disse o representante.

Políticas Públicas 

Após o evento, as pautas e pontos de destaque são organizados para  construir a metodologia do Plano Nacional e, assim, criar condições para que a juventude negra tenha maior qualidade de vida e bem-estar social.

A secretária executiva de Direitos Humanos da Sejusc, Gabriela Campezatto, comentou sobre as temáticas abordadas nessa construção.

“Esse plano será baseado em diversas temáticas dos direitos humanos, como moradia, educação, saúde, segurança pública e demais vertentes. Hoje nós estamos aqui para ouvir a sociedade e construir esse Plano”,

disse Gabriela.

A titular da Gerência de Promoção da Igualdade Racial e Respeito à Diversidade Religiosa da Sejusc, Camila Reis, pontuou a importância do evento para o Amazonas.

“É de extrema importância depois de tempos de pandemia, tempos de governo em que os jovens negros não eram ouvidos, a gente ter um espaço dentro da Sejusc, dentro do Governo Federal, para ouvir esses jovens. Desde jovens de periferia, jovens do interior, jovens negros e pardos para poderem falar. Eu acho que é um evento gigantesco pro Amazonas, a gente conseguir finalmente ser ouvido de forma efetiva e ativa”,

disse. 

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