O candidato à presidência do Equador Fernando Villavicencio, de 59 anos, foi morto a tiros nesta quarta-feira (9) após um comício em uma escola de Quito. Outras sete pessoas ficaram feridas durante o atentado. Villavicencio foi baleado três vezes quando saía da escola em direção ao seu carro.
Pesquisas apontavam Villavicencio alternava entre o 4º lugar e o 5º lugar, com total de intenção de votos variando de 6,8% a 7,4%.
Nascido em 11 de outubro de 1963, Fernando Alcibiades Villavicencio Valencia teve uma intensa trajetória como jornalista e sindicalista. Villavicencio deixa cinco filhos de seu casamento com Verónica Sarauz.
Candidato conservador do Equador. Estava certo sua vitória, pois prometeu acabar com a corrupção. pic.twitter.com/EpOs9xHN8A
— KarlaKcharla (@karlakcharla) August 10, 2023
ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS
As eleições para a presidência do Equador está marcada para o próximo dia 20 de agosto, onde serão escolhidos um novo presidente, vice-presidente e 137 parlamentares.
O processo foi convocado depois que o presidente Guillermo Lasso assinar um decreto em maio determinando a dissolução da Assembleia Nacional do país.
PRESIDENTE GUILLERMO LASSO
O atual presidente do país Guillermo Lasso usou as redes sociais para prestar condolências pelo assassinato do candidato, repudiar a ação e afirmar que o crime não ficará impune.
Veja o tuíte de Lasso
Indignado e chocado com o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio. Minha solidariedade e condolências à esposa e filhas. Pela sua memória e pela sua luta, garanto-vos que este crime não ficará impune.
O Gabinete de Segurança reunir-se-á dentro de alguns minutos em Carondelet. Já perguntei à presidente da CNE, Diana Atamaint; a Procuradora-Geral do Estado, Diana Salazar; o Presidente da Corte Nacional de Justiça, Iván Saquicela; e às demais autoridades do Estado que compareçam com urgência a esta reunião para discutir este fato que tem consternado o país.
O crime organizado já percorreu um longo caminho, mas todo o peso da lei vai cair sobre eles.
Indignado y consternado por el asesinato del candidato presidencial Fernando Villavicencio. Mi solidaridad y mis condolencias con su esposa y sus hijas. Por su memoria y por su lucha, les aseguro que este crimen no va a quedar impune.
— Guillermo Lasso (@LassoGuillermo) August 10, 2023
El Gabinete de Seguridad se reunirá en…
COMO O CRIME ACONTECEU
Villavicencio estava sendo ameaçado porém seguiu com sua campanha normalmente até ser assassinado com 3 tiros na cabeça na tarde desta quarta-feira (9), em sua vida política Villavicencio denunciava ativamente os problemas e delitos ambientais e trabalhistas de seu país sendo bastante visado pela oposição.
Durante o atentado um homem suspeito de participar do crime foi morto e outro preso, a facção criminosa “Los Lobos”, a segunda maior do Equador, reivindicou o assassinato do candidato em um vídeo divulgado nas redes sociais. No vídeo , “Los Lobos” assumem a autoria do crime e também ameaça outros políticos.
“Toda vez que políticos corruptos não cumprirem suas promessas quando receberem nosso dinheiro, que é de milhões de dólares, para financiar sua campanha, serão dispensados. Você também, Jan Topic, mantenha sua palavra. Se você não cumprir suas promessas, você será o próximo”, disse um dos líderes do grupo.
Facção de tráfico internacional de drogas Los Lobos reivindicou assassinato do candidato. Também ameaçou outro presidenciável
— Rafael Gloves (@rafaelgloves) August 10, 2023
A América Latina acabou.
pic.twitter.com/HwmT5yHB7x
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