Belém (PA) – A Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e o Governo do Pará, por meio do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), firmaram um Acordo de Cooperação Técnica (ACT), na terça-feira (8), que prevê a criação de novas Unidades de Conservação (UCs) e estratégias de proteção da “angelim vermelho” (Dinizia excelsa), considerada a maior árvore da Amazônia.
A cerimônia de assinatura do acordo foi realizada no Centro de Acolhimento do Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”, em Belém (PA), e significa uma importante ação em defesa dessas árvores históricas e únicas no mundo.
Na ocasião, participaram o superintendente-geral da FAS, Virgilio Viana; o superintendente de Inovação e Desenvolvimento Institucional da FAS, Victor Salviati; e a gerente do Programa de Soluções Inovadoras da FAS, Gabriela Sampaio. Também participaram o Diretor de Programas Sênior do Fundo Andes Amazônia – AAF, Enrique Ortiz; o vice-presidente do Ideflor-Bio, Thiago Valente; o diretor de Gestão e Monitoramento das UCs do Ideflor-Bio, Clésio Santana; a diretora do Fundo de Compensação Ambiental, Tatiana Rodrigues, e a Diretora de Planejamento Estratégico e Projetos Corporativos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade – SEMAS-PA, Brenda Hachem.
“Esse acordo é muito importante porque representa a oportunidade de fortalecer o trabalho que já vem sendo feito no Amazonas e fazer com que esse enorme patrimônio, que é a maior árvore do Brasil, da Amazônia e uma das maiores do mundo, seja cuidada de uma maneira a permitir tanto a pesquisa científica quanto o próprio turismo de natureza”,
destaca Virgilio Viana sobre a importância da iniciativa para proteção das florestas amazônicas.
A FAS desenvolve diversos projetos bem-sucedidos de conservação na Amazônia, sendo uma delas a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro, no Amazonas, sendo um modelo de sucesso a ser seguido em outras Unidades de Conservação.
As expectativas são de que as boas práticas sejam replicadas e aprimoradas no Pará, colaborando para o cuidado com a biodiversidade e os ecossistemas.
Atividades
De início, o Fundo Andes Amazônia (AAF), uma das parceiras no projeto, investirá R$ 3 milhões para apoio na criação, recategorização e implementação das UCs. A primeira ação prevista será a recategorização de 500 mil hectares da Floresta Estadual (Flota) do Paru, que compreende os municípios de Almeirim, Monte Alegre, Alenquer e Óbidos. O plano é elevá-la para a categoria de Proteção Integral.
A zona guarda as famosas “gigantes” da Amazônia, incluindo a angelim vermelho (Dinizia excelsa), de 88,5 metros de altura e 3,15 de diâmetro, considerada a maior árvore da Amazônia e América do Sul.
Os trabalhos já iniciam nesta sexta-feira, 11 de agosto, quando uma equipe do Ideflor-Bio fará um sobrevoo na área onde estão localizadas as “gigantes”. A missão é cartografar o panorama da região e obter imagens de ângulos diferentes.
Para o segundo semestre, estão previstas outras duas expedições, dessa vez para realizar um levantamento minucioso da flora e fauna do entorno no Estado. As avaliações também vão considerar condições gerais ambientais como relevo, tipo de solo, hidrografia e outras informações pertinentes que justifiquem a recategorização da área.
“Com essa parceria, o estado do Pará dá um importante passo em direção à conservação ambiental e ao desenvolvimento sustentável. A união de esforços entre as instituições fortalece a capacidade de criação e implementação de UCs, garantindo a proteção de áreas de grande relevância ecológica e promovendo um futuro mais sustentável para o estado”,
afirmou o diretor de Gestão da Biodiversidade do Ideflor-Bio, Crisomar Lobato.
Sobre a FAS
A Fundação Amazônia Sustentável (FAS) é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que atua pelo desenvolvimento sustentável da Amazônia por meio de programas e projetos nas áreas de educação e cidadania, saúde, empoderamento, pesquisa e inovação, conservação ambiental, infraestrutura comunitária, empreendedorismo e geração de renda.
A FAS tem como missão contribuir para a conservação do bioma pela valorização da floresta em pé e de sua biodiversidade e pela melhoria da qualidade de vida das populações da Amazônia. Em 2023, a instituição completa 15 anos de atuação com números de destaque, como o aumento de 202% na renda média de milhares famílias beneficiadas e a queda de 40% no desmatamento em áreas atendidas entre 2008 e 2021.
*Com informações da assessoria
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