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Investigação

Vendas de presentes oficiais que envolvem entorno de Bolsonaro podem motivar CPI

Operação da PF realizada na sexta-feira (11) reaqueceu o caso e base do governo na Câmara já se mobiliza

Reprodução: Divulgação

A operação da Polícia Federal (PF) que teve o entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como alvo pode ter, além das investigações em curso, consequências políticas, como uma CPI na Câmara.

A base do governo na Casa já se mobiliza para ressuscitar a investigação do suposto esquema de venda ilegal de joias recebidas como presente durante viagens oficias do ex-mandatário.

A ideia ganhou força após a operação, que atingiu Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, e seu pai. Além deles, o ex-advogado de Bolsonaro Frederick Wassef também foi alvo da PF na operação. Ele teria comprado de volta um relógio vendido por Cid ilegalmente, segundo a PF.

Por causa das investigações, Bolsonaro teve a quebra de seus sigilos bancário e fiscal solicitados pela PF.

O recolhimento de assinaturas para a instauração da CPI começou em meados de abril, quando veio à tona o caso das joias recebidas pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro da Arábia Saudita. Mas ela ficou de lado com as negociações para a instalação da CPMI do 8 de janeiro.

Segundo a PF, os suspeitos são investigados por utilizar a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues de presente por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens em países do exterior.

A investigação apontou, até o momento, que os valores obtidos dessas vendas ilegais foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados.

A PF apura se Mauro Cid teria vendido e depois recomprado um relógio Rolex avaliado em US$ 68 mil (mais de R$ 300 mil pela cotação atual).

Ele teria vendido os primeiros itens em 13 de junho de 2022. Segundo a operação, ele levou para os Estados Unidos presentes recebidos pelo Estado brasileiro já com a intenção de vendê-los.

Cid teria transportado os objetos no mesmo avião presidencial em que Jair Bolsonaro viajou para Orlando, em 30 de dezembro do ano passado, na véspera do fim de seu mandato.

*Com informações da CNN Brasil

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