Os brasileiros estão divididos quando se trata da legalização do aborto no país. É o que revela uma pesquisa global da Ipsos.
Conforme apontam os dados, 43% dos entrevistados no país são contra a legalização da interrupção da gravidez na maior parte dos casos. Por outro lado, 39% do público brasileiro que participou do levantamento é a favor da legalização em todos ou na maioria dos casos. Uma parcela de 18% dos brasileiros disse não saber ou não quis responder.
Foram ouvidas 1.000 pessoas, com idades variando entre 16 e 74 anos, no Brasil. Ao todo, 29 países participaram da pesquisa, que entrevistou de maneira remota mais de 23 mil adultos entre 23 de junho e 7 de julho. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
Veja abaixo os números dos entrevistados no Brasil:
O aborto deveria ser:
- Legal em todos os casos: 14%
- Legal na maioria dos casos: 25%
- Ilegal na maioria dos casos: 29%
- Ilegal em todos os casos: 16%
- Não souberam/Não quiseram opinar: 16%
Em comparação com 2022, o índice dos que defendem a legalização em qualquer caso, ou na maioria dos casos, sofreu uma queda de nove pontos percentuais no Brasil — no ano passado, era 48%.
Cenários específicos
A Ipsos também checou as opiniões sobre o procedimento em situações abaixo e perguntou para os brasileiros se o aborto deveria ser legal nas seguintes circunstâncias:
Se a gravidez ameaça a vida ou a saúde da mulher
- Sim: 66%
- Não: 19%
Se a gravidez é resultado de um estupro
- Sim: 70%
- Não: 16%
Se o bebê possivelmente nascerá com deficiências severas ou problemas de saúde graves
- Sim: 50%
- Não: 28%
Nas primeiras 6 semanas da gravidez
- Sim: 45%
- Não: 35%
Nas primeiras 14 semanas da gravidez
- Sim: 31%
- Não: 46%
Nas primeiras 20 semanas da gravidez
- Sim: 21%
- Não: 54%
Que país tem mais defensores do aborto?
Os países que participaram, em ordem alfabética, são: África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Holanda, Hungria, Índia, Indonésia, Irlanda, Itália, Japão, Malásia, México, Peru, Polônia, Singapura, Suécia, Tailândia e Turquia.
O resultado do levantamento indica ainda que, dos 29 países participantes, o Brasil é o quarto que menos aprova a legalização em todos ou na maioria dos casos, empatado com a Colômbia. No ranking dos que possuem as maiores taxas de aprovação, a Suécia é líder, com 87% de defensores da legalização do aborto. No segundo lugar está a França, com 82%.
A nível global, uma maioria de 56% acredita que o aborto deveria ser legal. Outros 28% acha que provocar a interrupção de uma gestação deve ser ilegal. Sobre a metodologia da pesquisa, o instituto destaca que a amostra brasileira é mais urbana, mais instruída e/ou mais rica do que a população em geral no país.
*Com informações da CNN Brasil
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