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Joias

“Sempre tive medo do Serasa”, diz Michelle Bolsonaro em evento do PL

Michelle Bolsonaro ironizou o caso das joias: “Não são meu estilo, mas a gente poderia leiloá-las”

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tentou minimizar as investigações sobre o caso das joias na qual ela e o marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), são investigados. Durante um evento do PL Mulher, em Recife (PE), nesse sábado (26), Michelle afirmou que paga suas contas em dia e “sempre teve medo do (sic) Serasa”.

A declaração faz referência a ter o nome sujo por dívidas em instituições financeiras, como crédito, cheque especial e empréstimos.

“Senhor, me ensina a ser obediente. Eu sei que estou apanhando igual gente grande. Sempre paguei minhas contas direitinho, sempre tive medo de ir para o (sic) Serasa. Aí falaram que eu era laranja do Queiroz [Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro], porque a gente emprestou um dinheiro para ele”,

disse Michelle.

A ex-primeira-dama também falou sobre os insultos que recebeu nos últimos dias nas redes sociais e até em ambientes públicos devido às investigações.

“Falam: ‘Cadê as joias?’. Eu queria mesmo essas joias para mim. Tudo bem que essas joias não são do meu estilo, mas a gente poderia leiloá-las. Todo mês eu tiro e mando para uma instituição 10% do meu salário. E pode quebrar meu sigilo, por mais que o Alexandre de Moraes [ministro do Supremo Tribunal Federal] coloque lá ‘esse mês foi tanto para tal instituição, foi tanto para outra instituição’”,

afirmou.

Também nesse sábado, Michelle disse, em Pernambuco, que o caso das joias serve para “desviar foco” da CPI do 8 de Janeiro.

“Mas vocês pediram tanto, vocês falaram tanto de joias, que em breve teremos lançamento Mijoias para vocês“, anunciou. “Mas sabe o que aconteceu? Vou fazer limonada docinha desse limão. Vou. E vou falar para vocês: quem me colocou aqui vai me fortalecer, que é Deus”,

completou a ex-primeira-dama.

Investigações

Em conversas interceptadas pela Polícia Federal entre o ex-ajudante de ordens da Presidência da República tenente-coronel Mauro Cid e outros ex-assessores de Bolsonaro, Michelle é citada no contexto de um presente que teria “sumido”.

“O que já foi, já foi. Mas se esse aqui [kit ouro rosé] tiver ainda, a gente vê certinho pra não dar problema. Porque já sumiu um que foi com a dona Michelle; então, pra não ter problema…”,

disse Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro, a Mauro Cid.

A ex-primeira-dama também é citada por ter esquecido uma caixa com joias durante viagem oficial a Londres.

Segundo as investigações, o irmão de Michelle teria intermediado a venda de dois dos presentes recebidos por Bolsonaro: um barco de ouro e diamantes e uma árvore de ouro foram levados pelo empresário Cristiano Piquet ao pai de Mauro Cid, o general da reserva Mauro Lourena Cid, em Miami.

Tanto Michelle quanto Bolsonaro e Mauro Cid devem prestar depoimento à PF sobre o caso na próxima semana.

*Com informações do Metrópoles

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