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Pesquisa

Estudo investiga influência de mutações genéticas em pacientes com malária

Pesquisa contou com apoio do Governo do Amazonas, por meio da Fapeam

Reprodução: Acervo da pesquisadora Amanda Oliveira

Manaus (AM) – Em Manaus, uma pesquisa apoiada pelo Governo do Estado, avaliou a influência de variantes genéticas nas recorrências da malária por Plasmodium vivax” sobre a dihidroartemisinina-piperaquina – DHA-PPQ (uma combinação de fármacos derivados da artemisinina utilizado como tratamento alternativo para malária não complicada).

Desenvolvido pela mestra em Doenças Tropicais e Infecções, Amanda Oliveira, sob orientação da professora Gisely Cardoso de Melo, o estudo foi realizado na Fundação de Medicina Tropical- Dr.Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), e é resultado da dissertação de mestrado.

A pesquisa consistiu basicamente em entender qual a influência que o organismo pode causar nos medicamentos usados para o tratamento da malária causada por Plasmodium vivax e, se isso, pode estar relacionado ou não com as recorrências da doença que são frequentes, principalmente em áreas endêmicas como é o caso do estado do Amazonas.

O estudo intitulado “Influência das variantes genéticas de CYP2C8, CYP2C9, CYP2C19, CYP3A4 e UGT2B7 nas recorrências de malária por Plasmodium vivax em indivíduos tratados com dihidroartemisinina-piperaquina”, foi o primeiro estudo a sugerir que as variantes em CYP2C8 (grupo de enzimas que são responsáveis pelo metabolismo de uma variedade de fármacos no nosso organismo) podem contribuir para falha terapêutica com DHA-PPQ, gerando recorrências.

Observa-se também com os achados da pesquisa a necessidade da execução de estudos sobre farmacogenética de antimaláricos, além da contribuição com novas informações no campo da medicina de precisão e no monitorando das terapias antimaláricas com derivados da artemisinina (grupo de fármacos que possuem a mais rápida ação de todos os medicamentos atuais contra a malária).

“O estudo buscou compreender como essas mutações, especificamente nos genes que são responsáveis por sintetizar essas enzimas, podem afetar nas recorrências da doença, e qual o impacto que isso pode causar no tratamento”,

acrescentou Amanda.

Premiação

O resultado da pesquisa rendeu o 3º lugar à aluna no 58º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (Medtrop 2023), evento que reuniu profissionais e pesquisadores da área de saúde tropical, realizado entre os dias 10 e 13 de setembro, em Salvador (BA).

Para Amanda Oliveira, sem o suporte das agências de fomento, especialmente a Fapeam, aos programas de pós-graduação, seria quase impossível realizar uma pesquisa.

“Saber que podemos contar com o apoio e suporte da Fapeam é muito importante, porque nos mostra que estão acreditando que nosso trabalho será executado com excelência e que trará resultados relevantes à população”,

concluiu a mestranda.

*Com informações da assessoria

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