Pesquisa Polarização: 41% dos brasileiros mudariam de país se pudessem, aponta pesquisa Segundo estudo, eleitores saíram das urnas no ano passado "afetivamente polarizados" e "socialmente calcificados"; pesquisa é tema do "WW - Edição de domingo", neste 1º de outubro Em Tempo* - 30/09/2023 às 11:1530/09/2023 às 11:15 Uma pesquisa realizada pela Quaest aponta que 41% dos brasileiros gostariam de mudar de país por causa da polarização política. O levantamento “O que esperar do Brasil?”, obtido pela CNN, faz uma análise, com base em dados colhidos até junho deste ano, sobre “como a polarização divide famílias, compromete empresas e desafia o futuro do país”. Houve um aumento no índice de “polarização afetiva”, que trata do afeto dos eleitores em relação aos candidatos adversários aos seus – nesse caso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A pesquisa indicou que a “distância de amor/ódio para com os candidatos aumentou muito depois de 2018”. “A polarização significa mais distância entre os eleitores de candidatos opostos em termos de seus valores, ideias e visões sobre política. A calcificação significa menos vontade de desertar do seu partido, como romper com o presidente do seu partido ou até votar no partido oposto. Há, portanto, menos chance de eventos novos e até dramáticos mudarem as escolhas das pessoas nas urnas”, afirmou o levantamento. Dessa forma, o último processo eleitoral e esse processo de “enrijecimento” levaram os eleitores a se tornarem “torcedores apaixonados”, e a torcida independe da partida estar acontecendo agora ou já ter acabado. “Essas identidades políticas em uma sociedade altamente polarizada, por sua vez, afetarão nosso comportamento político e cotidiano”, aponta a pesquisa. Quaest: Conhece alguém que rompeu relações por causa de política? Sim: 54% Não: 45% Não sabe/não responde: 1% Quaest: Você se sente mal por ter rompido relações por causa de política? Sim: 25% Não: 75% Não sabe/não responde: 1% Ainda abordando o “efeito eleitoral”, o estudo afirmou, por exemplo, que 41% dos brasileiros sairiam do país caso tivessem condições. O índice em dezembro de 2021 era de 29% e, em dezembro do ano passado, 37%. Além disso, 35% dos brasileiros prefere assistir um canal de TV que apresente as opiniões com as quais concorda. E 32% reprovaria um casamento do filho com alguém que votou diferente. Um em cada quatro brasileiros mudaria o filho de escola caso o local de ensino tivesse a maioria de pais que apoiou o candidato adversário ao seu nas eleições. 23% afirmou deixar de ouvir música de um artista que apoiou seu adversário, 19% deixa de comprar produtos de marca que apoiou seu adversário e 10% mudaria de igreja se o padre/pastor apoiou adversário. A pesquisa Quaest será discutida no “WW – Edição de domingo“, neste domingo (1º), às 22h, com a presença do CEO da Quaest, Felipe Nunes, a professora de Ciência Política da USP Elizabeth Balbachevsky e o professor do Instituto de Estudos Avançados da USP, José Alvaro Moisés. *Com informações da CNN Leia mais: Durante sabatina Ciro Gomes critica “polarização odienta” Lula diz que gênero e cor não serão critério para escolher novo STF Bolsonaro gastou R$ 9,7 bilhões com benefícios sociais em período eleitoral, diz CGU Entre na nossa comunidade no Whatsapp!