O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, divulgou imagens chocantes de bebês assassinados nos ataques do grupo Hamas a Israel, iniciados no último sábado (7). As fotos foram veiculadas no perfil oficial do gabinete no X, antigo twitter. As informações do site iG.
Elas exibem um bebê ensanguentado – que pode ter sido degolado, mas não foi confirmado – e de outros dois corpos carbonizados. Até agora, Israel não havia confirmado os rumores de bebês decapitados e outros horrores atribuídos aos ataques dos Hamas.
Conforme o governo, as imagens teriam sido mostradas para o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que visitou Israel. No entanto, o governo americano não confirmou se Joe Biden ou o secretário viram as fotos.
O governo israelense exibiu imagens não censuradas dos ataques – não se sabe se elas incluem as fotos dos bebês – para autoridades da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e União Europeia (UE).
Diante do exposto, a União Europeia comparou o Hamas ao Estado Islâmico.
“As imagens sem censura dos ataques de sábado do Hamas contra civis no sul de Israel, que as autoridades israelenses mostraram aos seus colegas europeus, demonstram que as atrocidades do grupo palestino são como os piores atos do Estado Islâmico”,
declarou o porta-voz da Comissão Europeia, Peter Stano.
“O Hamas é o Estado Islâmico de Gaza, uma organização selvagem, financiada e apoiada pelo Irã”.
A aproximação entre os grupos jihadistas vai além das comparações. Uma bandeira do Estado Islâmico teria sido encontrada com as brigadas Qassam, o braço armado do Hamas, afirma Israel. O país atacado também desqualificou um vídeo da suposta liberação de uma refém israelense e seus dois filhos, classificando a gravação como uma tentativa do Hamas de melhorar a sua imagem. A filmagem foi divulgada pela rede Al Jazeera.
Estimativas apontam que cerca de 150 reféns foram capturados pelo Hamas no sábado, quando começaram os ataques contra Israel. Frederico Meyer, embaixador do Brasil em Israel, afirmou não haver a confirmação de brasileiros sequestrados pelo grupo terrorista Hamas, na Faixa de Gaza. Até o momento, dois brasileiros foram encontrados mortos. O governo está promovendo voos de repatriamento de cidadãos brasileiros.
Os ataques, combates e os subsequentes bombardeios israelenses no território de Gaza mataram, no total, mais de 2.500 pessoas – incluindo centenas de civis – e feriram mais de 5.000, colapsando o sistema de saúde local. A agência de refugiados das Nações Unidas afirma que cerca de 250 mil pessoas foram deslocadas no enclave palestino. Toda a região da faixa está sob cerco das forças militares israelenses.
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