Israel – Enquanto os brasileiros em Israel são resgatados pela Força Aérea Brasileira (FAB), os que estão em Gaza ao lado dos palestinos, enfrentam a possibilidade de morrer de fome nos próximos dias, caso o governo não consiga retirá-los pela fronteira com o Egito, segundo diplomatas. As informações são do site Jornal GGN.
Cerca de 30 brasileiros, segundo o Ministério das Relações Exteriores, estão abrigados em uma escola católica, mas a saída pelo Egito, pela fronteira de Rafah, foi destruída pelos israelenses.
O ministro da Energia de Israel, Israel Katz, afirmou que não haverá intervenção humanitária no cerco à Faixa de Gaza até que todos os seus reféns sejam libertos. Nas redes sociais, ele garantiu que nenhum “interruptor elétrico será ligado, nenhum hidrante será aberto e nenhum caminhão de combustível entrará” até que os “abduzidos” sejam libertos.
Enquanto isso, a possibilidade de ver os brasileiros, entre eles uma idosa e 15 crianças, e milhares de palestinos padecerem de fome está cada vez mais próxima. Os estoques de comida da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina devem durar apenas quatro dias.
Até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou, por meio de carta, para que Israel crie corredores humanitários para a saída dos civis e que sirva de canal para a entrega de alimentos.
Bombardeios para todos os lados
Em entrevista à Agência Brasil, o palestino naturalizado brasileiro Hasan Rabee, de 30 anos, relatou a guerra sob a perspectiva dos palestinos em Gaza.
Segundo Rabee, a população está vivendo sem água e sem luz, já enfrenta dificuldade para encontrar comida, passa o tempo todo trancada em casa, e os bombardeios são contínuos e diários.
Outro fato que chama a atenção é o massacre de civis.
“Não existe movimentação do Hamas aqui. Não vejo isso. O que estou vendo é que quem está morrendo são pessoas normais, vizinhos, trabalhadores, pessoas de bem que estão morrendo”,
afirmou.
Rabee e a família vivem em São Paulo e estavam em Gaza para visitar a família. Desde que os bombardeios começaram, eles tentam deixar a região. “O governo brasileiro está fazendo a maior força para a gente sair, mas até agora nada”, concluiu.
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