Guerra Brasil vê com preocupação expansão do conflito Israel-Hamas pelo Oriente Médio Diagnóstico no Planalto é de que a guerra poderá ter avanço duradouro Em Tempo* - 16/10/2023 às 17:0616/10/2023 às 18:29 Palestinos caminham em meio a destroços de prédios em Gaza destruídos por ataques de Israel Foto: Reuters O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Celso Amorim, afirmou nesta segunda-feira que o governo brasileiro observa “com preocupação” a possibilidade de escalada da guerra pelo Oriente Médio. O conflito desencadeado pelo Hamas e a reação de Israel têm mobilizado outros países de dentro e fora da região. O diagnóstico no Planalto é de que a guerra poderá ter avanço duradouro. Amorim destacou que alguns fatores estão sendo levados em consideração para justificar a apreensão, como o nível de hostilidade entre grupos historicamente rivais e também a pressão causada pela escassez de itens básicos, como água e alimentos em alguns lugares. Tudo isso ocorre, em um contexto, para ele, já de instabilidade no continente vizinho, no Leste Europeu. “O risco de alastramento, além do aspecto humanitário, afeta a segurança global, agravando ainda a instabilidade criada pelo conflito Rússia-Ucrânia”, afirmou. Há avaliação de “campo minado”. A região, em guerra, é marcada por alianças entre grupos extremistas e ditaduras. Entre as forças contra Israel, o Irã é um forte apoiador político do Hamas, grupo radical islâmico que defende o reconhecimento do Estado palestino. O Hezbollah, organização islâmica xiita, tem domínio no Líbano. Do outro lado, diversos países declararam apoio aos israelenses, entre os principais, estão os Estados Unidos. Já o Brasil condenou os ataques promovidos pelo Hamas, mas também tem defendido a pacificação e “autocontenção” de todos os lados. Nos últimos dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou com os presidentes de Israel, Egito e Palestina para obter apoio no resgate de brasileiros, especialmente do grupo que está na Faixa de Gaza. Leia mais: Hamas mantém quase 200 pessoas como reféns, diz Israel Genocídio contra palestinos é denunciado por organizações Brasileiros podem deixar Gaza nesta segunda-feira, diz embaixador Entre na nossa comunidade no Whatsapp!