Jair Bolsonaro (PL) retorna à Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (18) para prestar novo depoimento. Desta vez, ele será interrogado no inquérito que investiga empresários suspeitos de apoiarem um golpe de Estado em conversas num grupo de WhatsApp. O movimento visava manter o ex-presidente no Palácio do Planalto por meio de uma intervenção militar, conforme a investigação. As informações do site O Tempo.
A defesa de um golpe aconteceu no grupo de WhatsApp “Empresários & Política”, criado em 2022. Os empresários queriam impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O conteúdo das conversas no aplicativo foram reveladas pelo portal Metrópoles.
Em agosto, o ministro Alexandre de Moraes, que é relator da ação, arquivou o processo de seis investigados (os empresários Afrânio Barreira Filho, José Isaac Peres, José Koury Junior, Ivan Wrobel, Marco Aurélio Raymundo e Luiz André Tissot), mas manteve a investigação contra Luciano Hang (dono da rede de lojas Havan) e Meyer Nigri (dono da construtora Tecnisa).
Conforme a decisão de Moraes, a PF pediu a extensão da investigação por não conseguir acesso às senhas do celular de Hang. Moraes também afirmou que a PF ratificou a existência de vínculo entre Nigri com Bolsonaro, com a finalidade de disseminação de fake news para atacar o STF, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e as urnas eletrônicas.
No caso de Nigri, investigação da PF apontou que um contato apontado como do então presidente Jair Bolsonaro pediu ao empresário, em troca de mensagens por um aplicativo, que “repassasse ao máximo” uma mensagem que insinuava, sem provas, uma fraude do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições do ano passado. O texto ainda continha ataques ao ministro Luís Roberto Barroso, do STF.
Relatório da PF mostra que a mensagem de Bolsonaro foi recebida por Nigri em junho do ano passado. O ex-presidente tinha o hábito de mandar a mesma mensagem para diversos contatos, o que indica que poderia ter sido enviado para outras pessoas.
De abril deste ano até agora, Bolsonaro esteve na PF em outras quatro oportunidades para ser ouvido nas investigações sobre fraude no cartão de vacina; apropriação indevida de jóias recebidas em viagens oficiais; no inquérito dos atos do 8 de janeiro e pelo suposto plano de golpe de Estado denunciado pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES).
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