Um casal viveu a emoção do nascimento da filha de um forma inesperada. No dia 17 de outubro, a farmacêutica Daiana Espínola entrou em trabalho de parto e deu a luza na garagem do prédio, onde mora com o marido Arthur Fonseca em Águas Claras, no Distrito Federal, Brasília.
O casal logo que identificou o momento do parto, avisou a doula e a médica que acompanharam o pré-natal. As duas disseram para que o casal fosse ao hospital, no entanto o bebê não quis esperar e chegou mais rápido do que imaginavam.
“Eu falei assim: ‘não é possível que já esteja na hora de ir pro hospital’. Ainda pensei: ‘mas como elas são experientes e sabem, eu vou seguir a recomendação'”,
conta Daiana.
No entanto, antes mesmo de chegarem na garagem do prédio, o que o casal temia aconteceu.
“A gente só queria que fosse rápido. Mas o elevador parou e entrou uma pessoa. Eu não consegui olhar quem era, só fechava o olho, me concentrando naquela dor que estava sentindo. Quando a gente desceu o elevador e chegou na garagem, eu dei uns três passinhos e comecei a sentir que tinha alguma coisa descendo”,
diz a mãe.
Artur, que estava andando na frente, olhou para trás e viu que Daiana começava a dar à luz. “Voltei e vi um pedacinho da cabeça do bebê ainda dentro da bolsa”, afirma.
Confira o vídeo:
Mulher dá à luz com ajuda do marido em garagem de prédio. pic.twitter.com/j9CQvlNSbB
— Portal Em Tempo (@emtempofb) October 23, 2023
Bebê empelicado
O pai do bebê, Arthur, declarou que entendeu que o bebê nasceria lá mesmo na garagem.
“Quando eu percebi que ela já estava saindo, mantive ela apoiada na mão. Sabia que na próxima contração já havia a possibilidade dela sair. A Dai se apoiou em mim, e aí quando foi o momento da outra contração, a Júlia saiu. Consegui segurar ela pela cabeça, e depois com a outra mão segurei o corpo. Depois, entreguei para Dai, para valorizar a golden hour, o pele à pele”,
conta o pai.
Com o cordão umbilical ainda preso no bebê, o casal seguiu para o hospital. “É importante manter o cordão ligado a mãe. Ainda existe troca de sangue nesse período entre a mãe e o bebê”, explica a médica Patrícia da Silva, que acompanha Daiana.
Em parto inesperado, bebê nasce na garagem de prédio, em Águas Claras.
Segundo a especialista, quando o marido viu a bebê ainda dentro da bolsa, significa que ela estava empelicada. “A cabeça do bebê começa a aparecer nesse momento, e a gente percebe que o bebê está empelicado. Ou seja, nasce com a cabeça dentro da bolsa amniótica.” médica
“O bebê fica dentro de uma bolsa de águas, protegido por uma membrana, e essa membrana rompe. Às vezes ela rompe antes do trabalho de parto, às vezes ela rompe durante o trabalho de parto e às vezes ela rompe na hora que o bebê está nascendo. Em algumas situações, em cesariana, a gente consegue retirar todo o bebê dentro da bolsa. Mas em parto normal, é um evento raro”,
explica a médica.
Júlia nasceu com 3,7 kg e 47,5 cm. Mãe e bebê tiveram alta do hospital e passam bem.
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