Manaus (AM) – A pedido do deputado Sinésio Campos (PT), a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) realizou Cessão de Tempo, nesta quinta-feira (26), para que representantes do Sindicato dos Urbanitários do Amazonas (STIUAM) falassem sobre os reflexos da privatização da empresa Amazonas Energia.
O parlamentar lembrou da realização da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Amazonas Energia, da qual foi presidente, que mostrou a privatização da empresa pelo valor, segundo ele, de apenas R$ 50 mil.
“O prejuízo que a privatização causou ao nosso estado se reflete na situação que temos hoje, bem como identificamos cobranças indevidas aos consumidores. Como a empresa não teve competência, ela precisa retornar à União”,
apelou.
O presidente do STIUAM, Josehirton Albuquerque, explicou que a privatização de setores estratégicos, como a concessão de distribuição de energia elétrica, não funcionou, pois não visam o desenvolvimento do Estado e sim o lucro dos acionistas. “Claramente, a situação da Amazonas Energia somente trouxe prejuízos aos trabalhadores da empresa e aos consumidores, principalmente no interior do estado”, afirmou.
Durante a Cessão de Tempo, variadas críticas foram direcionadas à empresa, referentes aos maus serviços prestados no Amazonas após a sua privatização, ocasionando prejuízos à população em geral.
“Infelizmente, apesar de toda luta, a privatização aconteceu, mas os trabalhadores fizeram seu papel, denunciando e alertando para as consequências que a população iria sofrer com a precarização dos serviços e o aumento da tarifa de energia”,
completou Josehirton.
O coordenador do Intersindical Norte (Sindinorte), Wellington Araújo Diniz, falou sobre os impactos no Amazonas causados pela privatização da Eletrobrás.
“A privatização da Eletrobrás se deu sem ouvir os estados afetados, sem debater as particularidades de cada estado. O primeiro passo é aproveitar a caducidade da concessão da Amazonas Energia para pedir o Governo Federal a intervenção nessa empresa. É possível fazer essa reversão de privatização, modernizar a gestão e tornar a empresa lucrativa e eficiente”,
analisou.
*Com informações do Aleam
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