Médicos palestinos informaram que um ataque aéreo no campo de refugiados de Jabalya, no norte de Gaza, deixou 50 mortos. Os militares israelenses afirmaram que eliminaram um alto comandante do Hamas no ataque aéreo ao campo de refugiados.
O porta-voz do Exército de Israel, tenente-coronel Richard Hecht, disse que os militares tinham como alvo “um comandante muito importante do Hamas naquela área”.
O Ministério do Interior em Gaza informou que “20 casas foram completamente destruídas no bombardeamento israelense que atingiu um bairro residencial” no campo de Jabalya.
O diretor de um dos hospitais em Gaza, Atef al-Kahlout, disse que “centenas” de mortos e feridos chegaram ao hospital e acrescentou que “muitos ainda estão sob os escombros”.
“O que vemos é uma cena que ninguém pode imaginar: mártires feridos, centenas de corpos carbonizados”, disse o médico Mohammad alRann, do mesmo hospital, um dos maiores de Gaza, que recebeu muitas das vítimas do ataque. “Os pacientes e feridos estão no chão, nos leitos, nos corredores e na área de recepção.”
“Tudo o que podemos fazer é continuar a acolher eles. A maioria dos ferimentos são causados por explosivos, ferimentos na cabeça e amputações”,
disse Mohammad alRann.
Maior campo de refugiados de Gaza
O campo de refugiados de Jabalya é o maior dos oito campos de refugiados da Faixa de Gaza, de acordo com a principal agência da ONU que apoia os palestinos no território.
Localizado a norte da cidade de Gaza, Jabalya é o campo mais próximo da passagem fronteiriça de Erez que – em tempos de paz – ligava Gaza a Israel.
Muitos refugiados palestinos instalaram-se no campo após a guerra árabe-israelense de 1948, depois de fugirem de aldeias no território que se tornou o estado de Israel, segundo a ONU.
Na última contagem, em 2023, havia 116.011 refugiados palestinos registados pela ONU no campo de Jabalya.
O campo tem 1,4 quilômetro quadrado e enfrenta superlotação há tempos. De acordo com a ONU, muitos dos abrigos do campo são “construídos muito próximos uns aos outros”, e os residentes são forçados a acrescentar “andares extras aos seus abrigos para acomodar suas famílias”.
O abastecimento de água potável também tem sido um desafio no campo, “com 90% da água imprópria para consumo humano”, segundo a ONU.
*Com informações da CNN Brasil
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