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Escola Estadual Lucinda Félix

Professores e alunos de escola pública de Manaus celebram o Dia da Consciência Negra

O objetivo dos trabalhos foi resgatar as tradições quilombolas, além de praticar a valorização e a importância dos negros e pardos na sociedade

Manaus (AM) – Os professores e alunos da Escola Estadual Lucinda Félix, localizada no bairro Japiim, Zona Sul de Manaus, realizaram nos dias 16 e 17 de novembro, trabalhos e atividades em homenagem ao Dia da Consciência Negra, data que faz referência ao dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695.

O objetivo dos trabalhos foi resgatar as tradições quilombolas, além de praticar a valorização e a importância dos negros e pardos na sociedade. As atividades desenvolvidas pelos alunos incluíram a confecção de painéis com máscaras africanas, danças, jogo de capoeira, culinária africana e cartazes contra o racismo.

No primeiro dia, o evento contou com a palestra do mestre cultural de Manaus, afro maranhense, Lamartine Silva, sobre o racismo estrutural, além da participação de Warlison Nunes, por WMC liberdade,  com rimas de Hip Hop.

Já no segundo dia, o historiador e mestre de capoeira, Marlon Seabra, esteve presente e falou sobre religiões afro brasileiras e intolerância religiosa. Em seguida, uma linda homenagem foi realizada pela professora Cristinne Seabra, dedicada a sua avó quilombola de São Benedito da Praça de Janeiro e moradora antiga do mesmo bairro, Deusdete Fonseca Lima, negra com 95 anos.

Estudantes celebram a importância da cultura afro africana em Manaus Foto: Divulgação

Cristinne Seabra relata que sempre desejou fazer uma homenagem e poder mostrar para seus alunos e sua avó a grande importância que ela tem para nossa sociedade.

“Uma mulher negra que enfrentou o preconceito, criou seus filhos e netos, é pioneira com vendas de salgados e tacacá no Centro de Manaus. Para mim é gratificante, vê que ela passou por tantas dificuldades, mas sempre deu o seu melhor com personalidade forte e marcante, sempre foi resiliência, batalhadora, matriarca de nossa família, é minha rainha. Tenho orgulho de ser neta dela. Sou muito grata a Deus pela vida da minha vozinha”,

relatou a professora.

A exposição buscou-se evidenciar as contribuições das etnias negra e indígena para a formação da sociedade brasileira.

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