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Investigação

Braço direito do mandante dos assassinatos de Bruno e Dom é preso pela PF no AM

Jânio já havia sido preso por pesca ilegal

Foto: Divulgação

Jânio Freitas de Souza, o braço direito de Ruben Dário da Silva Villar, o “Colômbia”, mandante dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, foi preso na quinta-feira (18), pela Polícia Federal (PF), em Tabatinga, no interior do Amazonas.

O suspeito integra o quadro de investigados que estão presos e serão transferidos nos próximos dias para o presídio federal.

O acusado já havia sido preso no dia 5 de agosto de 2022, um mês após os assassinatos de Bruno e Dom, por pesca ilegal, mas há três meses respondia pelo crime em liberdade.

Segundo a PF, a instituição identificou que Jânio estava coagindo testemunhas do caso e interferindo no andamento do processo contra ele e “Colômbia”.

Caso Dom e Bruno

Bruno e Dom desapareceram em 5 de junho enquanto estavam navegando próximo à comunidade de São Rafael. Os restos mortais dos dois foram encontrados 10 dias depois, quando Amarildo Oliveira confessou o crime e levou os agentes e os indígenas que ajudavam nas buscas ao local onde os corpos estavam sepultados.

A região da reserva indígena do Vale do Javari, a segunda maior do país, com mais de 8,5 milhões de hectares, concentra o maior número de indígenas isolados. Bruno Pereira denunciou que estaria sofrendo ameaças na região. O indigenista estava atuando como colaborador da União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja).

O indigenista Bruno Pereira era servidor da Funai e a exoneração dele ocorreu na época em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou um projeto para liberar garimpos nas reservas indígenas. Dom Phillips era jornalista colaborador do veículo britânico The Guardian. Com o apoio da Fundação Alicia Patterson, Dom trabalhava em um livro sobre a Amazônia.

Segundo a Polícia Federal, o mandante do crime foi Rubén Dario da Silva Villar, conhecido como “Colômbia”, que tinha conexão direta com Amarildo. Além de Oseney, Amarildo e Jefferson, Rubén também foi preso – foi solto após pagar fiança de R$ 15 mil, em outubro, mas foi preso novamente em dezembro após desrespeitar as determinações da Justiça Federal durante a liberdade provisória.

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