Manaus (AM) – Um procedimento inédito e inovador foi realizado em um hospital de São Paulo no último sábado (19). Um paciente de 68 anos de idade, que já havia vencido um tumor no intestino e um infarto, foi diagnosticado com um novo câncer, dessa vez, no pulmão.
O câncer não era grande. O nódulo tinha, aproximadamente, 0,8 centímetros de diâmetro – do tamanho de uma ervilha, e não seria uma tarefa difícil para um cirurgião retirá-lo em segurança, com um bisturi. ]
No entanto, devido ao histórico cardíaco do paciente, uma anestesia geral – necessária para esse tipo de procedimento – colocaria em risco a vida do idoso.
A outra opção tradicional seria apelar para o tratamento com quimioterapia. No entanto, de acordo com a avaliação médica, esse procedimento não teria o poder de curar o câncer, mas apenas controlá-lo por algum tempo.
Processo de Ablação
Foi então que os médicos resolveram realizar um processo de ablação para combater o tumor, que consiste, basicamente, em matar o câncer através de ondas elétricas. Porém, a solução, novamente, esbarrava na impossibilidade de aplicar uma anestesia geral no paciente.
O desafio, nesse momento, era encontrar algum procedimento semelhante e que pudesse ser realizado de maneira mais rápida, apenas com uma anestesia local. Eis que surge a ideia de utilizar micro-ondas – semelhantes às do eletrodoméstico – para esquentar e destruir o tumor.
O paciente aceitou realizar o procedimento, que foi um sucesso. Após aplicar anestesia local na pele e na pleura – camada de tecido que reveste o pulmão – os médicos introduziram uma agulha longa, com uma antena de micro-ondas na ponta, na direção do tumor. A recomendação ao paciente era que, ao primeiro sinal de dor, ele avisasse os médicos, que interromperiam o procedimento imediatamente.
Demorou pouco mais de 1 minuto para que a dor aparecesse. No entanto, foi tempo suficiente para destruir o tumor e os tecidos ao redor, que poderiam ter alguma célula maligna. O paciente teve alta já no dia seguinte.
Agora, a ablação por micro-ondas, segundo os médicos que realizaram o procedimento, pode se tornar uma tendência para eliminar tumores pequenos em algumas regiões do corpo, sem a necessidade de anestesia geral. Algo que pode salvar a vida de pessoas diagnosticadas com câncer e que não tinham nenhuma perspectiva de cura.
Com informações do Viva Bem
Edição Web: Bruna Oliveira
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