Um homem se declarou culpado de roubar um vaso sanitário feito inteiramente de ouro de 18 quilates e avaliado em mais de US$ 6 milhões (R$ 30 milhões) da mansão onde nasceu Winston Churchill, na Inglaterra.
James Sheen, de 39 anos, se confessou culpado de roubo, conversão ou transferência de propriedade criminosa e conspiração para fazer o mesmo, na terça-feira (2), no Tribunal da Coroa de Oxford, segundo a agência de notícias PA Media do Reino Unido, citando o Serviço de Acusação da Coroa.
A privada totalmente funcional foi instalada no Palácio de Blenheim em 2019, como parte de uma exposição do artista italiano Maurizio Cattelan chamada “A vitória não é uma opção”.
A obra de arte incomum, intitulada “América”, foi roubada em setembro daquele ano, poucos dias após a inauguração da exposição. A privada de ouro havia sido instalada no prédio de forma a ser funcional, o que significa que o roubo também causou danos significativos e inundações na estrutura, informou a polícia na época.
Sheen compareceu ao tribunal por meio de uma videoconferência da prisão de Five Wells, onde cumpre pena de 17 anos por vários roubos. Entre outros, ele está cumprindo pena por roubar tratores e troféus de alto valor do Museu Nacional de Corridas de Cavalos em Newmarket, no valor total de £ 400.000 (R$ 2,5 milhões).
A obra “América” foi exibida pela primeira vez no museu Guggenheim, em Nova York, em 2016. E voltou às manchetes em 2017, depois que a Casa Branca, ocupada pelo então presidente dos EUA Donald Trump, enviou um e-mail ao Guggenheim pedindo emprestado o quadro “Paisagem com Neve”, de Vincent Van Gogh, de 1888; em vez disso, o curador da instituição ofereceu o vaso sanitário dourado.
No Palácio de Blenheim, a privada foi instalada em uma sala ao lado da qual o ex-primeiro-ministro Churchill nasceu. Um comunicado anunciando a exposição disse que o trabalho poderia ser visto como um comentário sobre as disparidades sociais, políticas e econômicas nos Estados Unidos.
Comentando sobre sua obra, Cattelan disse anteriormente à New Yorker: “O que quer que você coma, um almoço de duzentos dólares ou um cachorro-quente de dois dólares, os resultados são os mesmos, em termos de banheiro”. Ele também descreveu o trabalho como “arte de 1% para 99%”.
Três outros homens foram acusados de roubar a privada de ouro em novembro, mas se declararam inocentes.
Michael Jones, 38 anos, de Oxford, Frederick Sines, também conhecido como Frederick Doe, de Ascot, Berkshire, e Bora Guccuck, 40, do oeste de Londres, devem ser julgados em fevereiro do próximo ano.
*Com informações da CNN Brasil
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