O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou, nesta segunda-feira (15), o programa Terra da Gente voltado para a reforma agrária no país, que tem objetivo de definir terras que podem ser destinadas aos agricultores familiares no Brasil.
A expectativa do governo é de que o programa ajude na resolução de conflitos agrários e aumente a produção de alimentos. Até o fim do mandato de Lula, a meta é atingir 295 mil famílias, sendo 74 mil assentadas e 221 mil reconhecidas ou regularizadas em lotes de assentamentos existentes.
Segundo Lula, a medida é “uma forma nova da gente enfrentar um velho problema”.
“Eu pedi ao [ministro] Paulo Teixeira que fizesse um levantamento com ajuda dos governadores, das secretarias que cuidam das terras em cada estado, com o pessoal do Incra estadual, para a gente ter noção de todas as terras que podiam ser disponibilizadas para assentamento nesse país”, disse Lula.
“Isso não invalida a continuidade da luta pela reforma agrária. Mas o que nós queremos fazer é mostrar aos olhos do Brasil o que a gente pode utilizar sem muita briga. Isso sem querer pedir para ninguém deixar de brigar”,
prosseguiu.
O lançamento do Terra da Gente acontece em meio ao “Abril Vermelho” do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que já contabiliza 24 invasões de terra no mês.
Em carta, o movimento diz: “Lutamos porque 105 mil famílias estão acampadas e exigimos que o governo federal cumpra o artigo 184 da Constituição Federal, desaproprie latifúndios improdutivos e democratize o acesso à terra, assentando todos e todas que querem trabalhar e produzir alimentos para o povo.”
Lula afirma que agora que está distribuindo as terras adequadas para pessoas adequadas que necessitam produzir.
“Nós primeiros mandatos meus e da Dilma [Rousseff] nós assentamos o equivalente a 754 mil famílias. E colocamos à disposição da reforma agrária 51% de todas as terras utilizadas para reforma agrária em 500 anos de história do Brasil”,
expressou o presidente.
*Com informações da CNN Brasil
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