Manacapuru (AM) — Em março deste ano, o prefeito de Manacapuru, Beto D’Ângelo (Republicanos), foi derrotado no Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), após os desembarcadores rejeitarem os embargos de declaração apresentados pelo chefe do município e a vice, Valcileia Flores Maciel, em um processo envolvendo a campanha eleitoral de 2020. Um mês depois do ocorrido, o futuro de Beto é incerto. Podendo perder o mandato, o representante político ainda é alvo de investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/CAO-CRIMO).
No dia 12 de março, o TRE-AM rejeitou a contestação de Beto e Valcileia, onde uma multa foi imposta após a dupla ser acusada de provocar aglomeração durante um evento eleitoral em 2020, violando as restrições impostas devido à pandemia de Covid-19. Para o tribunal, a conduta foi considerada uma violação grave dos princípios democráticos, mantendo a decisão anterior.
A situação de Beto D’Ângelo é delicada por se tratar de ano eleitoral. Enfrentando acusações, o prefeito pode ser cassado, sendo impedido de concorrer a um cargo público nas próximas eleições. Mas, esta não é a única preocupação do prefeito no momento.
Desvio de verbas públicas
Ainda em março, o Ministério Público do Amazonas (MPAM), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/CAO-CRIMO) e a 3ª Promotoria de Justiça de Manacapuru, iniciou, a segunda etapa da operação “Compadrio”. O foco foi investigar o desvio de verbas públicas destinadas aos Conselhos de Escolas e às Associações de Pais e Mestres das escolas municipais, em um contexto de corrupção e lavagem de dinheiro.
A investigação apontou uma rede de corrupção na Secretaria de Educação e Cultura de Manacapuru, caracterizada por desvios de fundos do salário-educação para contas de servidores, familiares e terceiros. O esquema era comandado por altos funcionários da Secretaria, configurando uma grave malversação de recursos educacionais.
Segundo o Coordenador do GAECO, o promotor de Justiça Igor Starling, foram executados mandados de busca e apreensão. Entre as medidas adicionais, destaca-se o bloqueio de bens dos investigados, que soma mais de quatro milhões de reais, e o afastamento de três servidores de suas funções na Secretaria de Educação e Cultura.
A equipe do Em Tempo entrou em contato com a assessoria de Beto D’Ângelo para tratar sobre a possível cassação de seu mandato, mas até o momento, não houve retorno. O espaço está aberto para manifestação.
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