Manaus (AM)- Iniciou nesta terça-feira (29), as entregas dos absorventes higiênicos da primeira etapa do Programa Dignidade Menstrual, que envolve as secretarias de Assistência Social (Seas) e de Educação e Desporto (Seduc).
O lançamento aconteceu no CETI Zilda Neumann Arns, na Comunidade Jesus Me Deu, zona Norte de Manaus.
A primeira fase do Programa Dignidade Menstrual começa com a distribuição dos 300 mil absorventes doados pela Procter & Gamble (P&G), na campanha nacional Always #MeninaAjudaMenina nas escolas estaduais.
De acordo com a secretária da Seas, Alessandra Campêlo, no evento desta terça-feira foi feita a entrega 1.800 caixas, equivalente a 32.400 pacotes de absorventes higiênicos. Os itens serão repassados para as sete coordenadorias da Seduc na capital.
A etapa seguinte do Programa Dignidade Menstrual contemplará as coordenadorias do interior. As beneficiárias da iniciativa são as estudantes com dificuldade de comprar os absorventes, devido a questões socioeconômicas (extrema pobreza, pobreza e baixa renda).
Pioneirismo
O combate à Pobreza Menstrual é uma das prioridades e um feito histórico na administração do governador Wilson Lima, que determinou o empenho do seu secretariado na criação de programas com objetivo de minimizar esse problema social que afeta, principalmente, as meninas que menstruam oriundas de famílias em situação de pobreza e extrema pobreza.
Além das entregas dos itens doados pela P&G, o Governo do Estado está finalizando o processo de licitação para aquisição dos absorventes, que vão atender às alunas da rede pública estadual no restante do ano.
“Além de ser uma questão de saúde pública, o programa cria oportunidades para que haja igualdade. Uma em cada quatro meninas falta à aula porque não tem condições de manter a higiene durante o período menstrual, o que leva à evasão escolar. É isso que estamos combatendo. Todas as meninas e mulheres têm direito a uma vida digna e combater a pobreza menstrual é parte disso. A partir de agora, as meninas podem procurar a coordenação das escolas caso precisem de absorvente. Menstruar é um processo natural e precisa ser tratado como tal”, afirmou Alessandra Campêlo.
Para a secretária de Estado de Educação e Desporto, Kuka Chaves, a iniciativa é um ato de cuidado com as estudantes da rede de baixa renda. “O que era, muitas vezes, um tabu para essas meninas, a dificuldade de frequentar a escola por não ter um absorvente ou ir para casa porque menstruou na escola, agora passa a ser um programa do Governo do Estado que ampara, que protege nossas estudantes”, destacou.
FOTOS: Miguel Almeida/Seas
*Com informações da assessoria
Edição Web: Bruna Oliveira
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