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Operação

Ex-prefeito de Anamã é suspeito de lavar dinheiro do CV no Amazonas

Segundo polícia, um frigorífico suspeito era usado para tornar legal o dinheiro ilícito da organização criminosa.

Divulgação

O ex-prefeito do município de Anamã, no interior do Amazonas, Raimundo Pinheiro da Silva, é um dos 99 alvos da Operação Rota do Rio, realizada nesta terça-feira (21). Ele é investigado por lavar dinheiro para a facção Comando Vermelho, a maior facção criminosa do Rio de Janeiro.

Segundo polícia, um frigorífico suspeito era usado para tornar legal o dinheiro ilícito da organização criminosa. A reportagem do EM TEMPO não localizou a defesa de Raimundo, até a última atualização desta reportagem.

Apesar de não haver mandados de prisão na operação, três pessoas foram presas ou por serem flagradas pela polícia ou por estarem com mandado de prisão em aberto. Uma delas é Juan Roberto Figueira da Silva, um dos chefes do Morro dos Prazeres.

Nos mandados de busca e apreensão, cerca de R$ 78 mil em espécie foram encontrados, além de munição, veículos e dispositivos eletrônicos.

Segundo a polícia, houve um racha em uma facção criminosa do Amazonas, e um dos lados migrou para o Comando Vermelho, reconfigurando as rotas das drogas pelo país. A aliança teria passado a controlar a fronteira do Brasil com o Peru e com a Colômbia

As investigações, que também contaram com o apoio do Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativo, mostram que a rota utilizada para o escoamento da droga vinda do Amazonas até o Rio de Janeiro serve, em sentido contrário, para o fluxo de dinheiro do comprador atacadista para o seu fornecedor.

Segundo a polícia, o material vindo para o Rio era vendido tanto em comunidades quanto no asfalto. As investigações apuraram que, em um período de dois anos, a organização movimentou cerca de R$ 30 milhões.

Para encobrir a origem ilegal do dinheiro da compra e da venda das drogas, a organização criminosa realizava pagamentos de forma pulverizada a laranjas e empresas, como um frigorífico em nome de um ex-prefeito amazonense, para dificultar as investigações.

A operação desta terça-feira (21) tem o objetivo de conseguir provas e confiscar bens móveis e imóveis relacionados às atividades de tráfico. E, assim, enfraquecer significativamente o poder de atuação do Comando Vermelho.

Na capital fluminense, mandados foram cumpridos em Ipanema, Arpoador, Copacabana e Catete, na Zona Sul; além de Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. Alguns mandados foram cumpridos nas comunidades dos Prazeres e Fallet, Fogueteiro, na região central do Rio, onde houve registro de tiroteio.

Também foram cumpridos mandados em Búzios e em Cabo Frio, na Região dos Lagos.

A Operação Rota do Rio é fruto de investigações da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro, com o apoio da Delegacia de Repressão a entorpecentes, da Coordenadoria de Recursos Especiais e da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado da Polícia Civil do Amazonas.

*Com informações da CBN.

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