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Mobilização

Indígenas do AM se unem em prol de direitos coletivos

Mais de 440 pessoas participam da Marcha da Retomada Coletiva do Movimento Indígena do Amazonas, nesta quinta-feira (31), a partir de 17h

O Amazonas é o estado que concentra o maior número de etnias, em torno de 64. Foto: Divulgação

Manaus (AM) – Indígenas, lideranças e organizações representantes das 64 etnias do Amazonas promovem, nesta quinta-feira (31), a marcha de mobilização da Retomada Coletiva do Movimento Indígena do Amazonas, a partir das 15h. O movimento terá saída a partir da Chácara Abraço Verde, rua Barão de Indaiá, Parque das Laranjeiras, Zona Centro-Sul, e chegada no Sambódromo, às 17h.

Sob o lema “Protagonismo e autonomia pelo Bem Viver dos povos indígenas”, mais de 440 indígenas discutiram conquistas e desafios do movimento durante dois dias de evento, em Manaus, a fim de unificar as propostas de políticas públicas que integrarão as reivindicações do Amazonas no Acampamento Terra Livre 2022 (ATL 2022), que acontecerá entre os dias 04 a 14 de abril em Brasília.

O Amazonas é o estado que concentra o maior número de etnias, em torno de 64, e um dos estados com maior população de pessoas autodeclaradas indígena: 168.680, de acordo com o Censo 2010 do IBGE.

Abertura

Durante o primeiro dia, lideranças e representantes de organizações e associações indígenas lembraram a importância da retomada como instrumento de construção da união para o fortalecimento da luta e para a formação de jovens que continuem a defesa dos direitos indígenas.

“Manaus também é território indígena: aqui se falam 36 línguas diferentes, temos 47 povos diferentes e isto vem sendo apagado e isto acontece também nos municípios do interior. Esta luta é pelo resgate da história que determina o futuro que vamos construir”, afirmou Marcivana Sateré-Mawé, da Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno (Copime).

“A Covid levou nossos anciãos. Precisamos nos reorganizar. O Estado do Amazonas está sempre disperso e, de alguma forma, acabamos sendo cooptados pelo governo e isso não pode acontecer. Estamos hoje retomando essa conversa para dizer que temos sim projeto para nossos povos. Já pensou uma bancada parlamentar assim? De cocar e maracá? Temos capacidade sim”,

ressaltou a coordenadora da Associação das Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro (Amarn), Clarice Tukano.

A presidente do Fórum de Educação Escolar e Saúde Indígena do Amazonas (Foreeia), Alva Rosa Tukano, lembrou que, somente com a unificação das lutas será possível combater o retrocesso em relação às conquistas dos direitos indígenas previstos na Constituição Federal há 33 anos.

*Com informações da assessoria

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