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Ex-Sinhazinha do Garantido

Djidja Cardoso morreu de overdose de ketamina, afirma inquérito policial

Frascos do medicamento foram encontrados pela polícia no dia da morte da ex-sinhazinha

A ex-sinhazinha do boi Garantido, Djidja Cardoso, 32, encontrada morta nesta terça-feira (28), foi vítima de overdose de Ketamina. A afirmação consta do inquérito policial apresentado à Justiça para pedir a prisão preventiva do irmão, da mãe e dos funcionários do salão de beleza dela.

Inclusive os policiais que foram à casa de Djidja no dia em que ela foi encontrada morta, apresentaram, na delegacia, diversos frascos de ketamina, seringas, além de sedativos veterinários. Eles também afirmaram, em depoimento, que “no corpo da vítima existiam diversos sinais da utilização deste tipo de substância através da forma injetável”.

A Polícia Civil vinha investigando seus familiares por suspeita de integrarem uma seita que comercializava drogas e aplicavam, forçadamente, a substância em seres humanos.

O principal alvo dessa investigação era o irmão da ex-sinhazinha, Ademar Farias Cardoso, 30, que seria o responsável por conseguir o medicamento e fornecer para ser consumido, na maioria das vezes, na residência da família, no bairro Cidade Nova, na Zona Norte, mesmo local onde Djidja foi encontrada morta.

Frascos de Ketamina encontrados no dia da morte da ex-sinhazinha

O inquérito

Em 2021, foi registrado um dos primeiros boletins de ocorrência contra o irmão de Djidja, por “perturbar psicologicamente” sua ex-companheira, na época com 25 anos.

Dois anos depois, em 2023, a mãe da atual esposa de Ademar, uma modelo de 27 anos, procurou a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (Deapca) para denunciar que o casal fazia uso de droga injetável (ketamina) na presença dos dois netos, um de 4 anos e o outro com apenas 40 dias de nascido.

Já este ano, em 24 de abril, um novo boletim de ocorrência foi registrado contra Ademar, dessa vez no 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP), na Cidade Nova. A denúncia era de que Ademar estava levando droga para seus familiares consumirem e que também vinha mantendo a irmã, a ex-sinhazinha Djidja Cardoso, em cárcere privado. Inclusive, a polícia civil foi ao local e encontrou maconha.

Quatro dias depois, no dia 29, a avó de uma jovem de 27 anos foi até o 6º DIP denunciar que havia encontrado sua neta na casa de Ademar Cardoso “completamente entorpecida” e com “sangramento nas partes íntimas”. Esse caso acabou sendo transferido para o 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), na Praça 14, Zona Sul da capital.

No dia 23 de maio, novas denúncias contra Ademar, dessa vez feitas pelo pai de sua esposa. Segundo a denúncia, ele estaria levando e aplicando ketamina na esposa, que estava internada no Hospital Adriano Jorge, Cachoeirinha, Zona Sul, após ser internada com quadro altamente debilitado em virtude do consumo da droga.

Ademar Cardoso era o principal alvo da investigação por tráfico de drogas. Fotos: Reprodução

Prisões

Com o inquérito em andamento, o delegado do 1º DIP, Cícero Túlio, foi surpreendido pela notícia da morte de Djidja Cardoso. Como o irmão dela era alvo da investigação, a autoridade policial resolveu acompanhar o desenrolar, quando recebeu nova denúncia de que Ademar, sua mãe Cleusimar Cardoso, e funcionário do salão de beleza da ex-sinhazinha, estariam na casa onde ela morreu, retirando provas.

Foi então que o delegado pediu a prisão temporária dos suspeitos e os encontrou ainda no local, com mais frascos de ketamina e outros medicamentos controlado.

A causa oficial da morte da ex-sinhazinha ainda não foi divulgada pelo Instituto Médico Legal, mas o delegado Cícero Túlio afirmou no inquérito se tratar de overdose, em vista das provas encontradas no local da morte de Djidja Cardoso.

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