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Desfecho

Caso Djidja: polícia encerra investigações sobre morte da ex-sinhazinha

A investigação durou menos de um mês e envolve 11 pessoas

Manaus (AM) – A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) encerrou, nesta quarta-feira (19), as investigações sobre o caso Djidja Cardoso, que foi encontrada morta no dia 28 de maio, por overdose de ketamina.

De acordo com PC-AM, a família de Djidja Cardoso, sendo a mãe Cleusimar e o irmão Ademar, será indiciada por tortura com resultado morte, tráfico de drogas e outros 12 crimes. No total, 11 pessoas foram indiciadas.

Mais detalhes sobre toda a investigação serão repassadas na coletiva de imprensa que acontecerá nesta quinta-feira (20), na sede da Delegacia Geral.

Relatos de influenciadora

A influenciadora e maquiadora Kauana Peterson contou aos seus seguidores da rede social TikTok o processo de recuperação de sua dependência química em Ketamina, mesmo medicamento que, segundo a polícia, foi responsável pela morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso, no dia 28 de maio, na casa dela, na zona norte der Manaus.

De acordo com a maquiadora, ela conheceu a droga ainda na sua adolescência, quando começou a fazer o uso da substância junto as amigas.

“Eu tinha 16, 17 anos, e estava no auge da minha adolescência. Usei essa droga com algumas amigas; ficamos ‘lokonas’, aí passou um tempo, não usei mais. Aí no meu aniversário de 18 para 19 anos, eu peguei e usei de novo. Aí iniciou a pandemia, eu tinha contato com uma ex-amiga minha que tinha contato de quem vendia isso, e usei várias vezes”,relatou.

Diferente de Djidja, que injetava a droga no corpo, Kauana cheirava a ketamina após secá-la no micro-ondas. Aos poucos, o que era um consumo esporádico, passou a ser corriqueiro, quase de forma desenfreada. Foi quando, no final de 2023, ela chegou “no fundo do poço”.

“Eu entrei em contato com aquela guria do início da pandemia, ela me passou o contato e eu comecei a comprar. Comprava de ampola, só que eu não injetava, eu fazia ela no micro-ondas, raspava e [cheirava]. Fiquei nisso de julho do ano passado até dezembro, dentro de um buraco. Estou até me tremendo contando, porque hoje em dia, vendo assim quando eu tô sóbria, é uma coisa que eu nunca mais quero  ali, porque só quem é adicto sabe do quanto que a gente luta para ficar longe disso”,destacou.

Consequência do uso

Prestes a entrar em um quadro de overdose, o corpo de Kauana passou a externar as consequência físicas do consumo, assim como aconteceu com a ex-sinhazinha, que perdeu a forma física após o vício na substância.

“No ano passado, meus rins quase pararam de tanto que eu usei a substância. Eu cheguei a usar fralda, eu tava morando sozinha, minha família não sabia”,revelou a influenciadora.

Sem usar a substância desde o início do ano, Kauana Peterson faz o alerta aos seus seguidores sobre como a droga prejudica a vida social e a saúde dos dependentes, além de postar o dia a dia de um adicto em recuperação.

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