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Maria do Carmo descarta aliança com Amom Mandel e prefere pré-candidato bolsonarista

A pré-candidata negou o posto como vice candidata para a disputa eleitoral

Manaus (AM) — A pré-candidata à Prefeitura de Manaus, Maria do Carmo Seffair (Novo), descartou uma possível aliança com o deputado federal e pré-candidato Amom Mandel (Cidadania), durante entrevista nesta semana. Seffair deixou claro que jamais seria vice candidata, mas falou em um possível alinhamento político com o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL), que tem apoio do ex-presidente Bolsonaro, nas eleições municipais.

A empresária e advogada, que é reitora de uma universidade privada da capital amazonense, afirmou ter o “perfil de uma pessoa de comando” impossibilitando uma possível vice candidatura na disputa eleitoral com Amom Mandel.

“Acho o Amom um rapaz jovem, tem um futuro brilhante, mas acho que, realmente, no contexto para prefeito, eu jamais seria vice do Amom, não tem como. Sou uma pessoa que tenho um perfil, eu trabalho muito bem com todo mundo, mas o meu perfil é de uma pessoa de comando. Eu não ficaria à vontade”,

disse a pré-candidata.

A pré-candidata acrescentou que um candidato à prefeitura precisa da “vantagem cumulativa” para concorrer ao posto de administrador do município. “Ele ainda tem muito para crescer e não tem jeito”.

“Tem um autor que fala que a idade traz para você uma coisa que se chama vantagem cumulativa, porque nós somos a soma de todas as experiências que acumulamos durante a vida. Então, como eu, com 23 anos, posso colocar a minha experiência de vida para comparar com a de uma pessoa, que só de trabalho eu tenho duas vezes a idade? A vida está aí para que ele aproveite e siga esse caminho brilhante que ele está começando a trilhar, acho que ele tem que completar a carreira dele como deputado federal”,

disse Maria do Carmo ao desprezar as especulações de que seria vice de Amom Mandel.

Apesar de deixar claro que “jamais seria vice”, pois acredita que, vice não “manda em nada”, a empresária diz que o pré-candidato Alberto Neto representa melhor a direita local e se tivesse que alinhar com alguém seria com Alberto Neto.

“Eu nunca conversei com Alberto Neto, eu quero realmente sair cabeça de chapa, porque o meu projeto para Manaus é grandioso. Mas se eu tivesse que alinhar, não ser a vice, seria com Alberto Neto. Porque ele tem mais alinhamento à direita”,

comentou.

Maria do Carmo, como em outras vezes, criticou a “inexperiência” de Amom por conta da idade e a falta de posicionamento politico. “Acho que ele não sabe direito o que é. Se ele é de esquerda ou de direita; aliás, poucas pessoas sabem de fato”, criticou.

Alvo pela idade

O deputado federal de 23 anos foi eleito, em 2022, o vereador mais jovem de Manaus, com 19 anos. Além disso, Mandel é apontado por pesquisas eleitorais como o segundo nome mais bem-colocado entre os pré-candidatos na disputa pela prefeitura até o momento.

Amom é regulamente alvo de críticas por sua idade. As críticas já vieram, nas últimas semanas, dos pré-candidatos à Prefeitura de Manaus Wilker Barreto (Mobilização), Marcelo Ramos (PT) e Maria do Carmo.

Ao Em Tempo, questionado sobre se, de alguma maneira, incomoda a classe política mais antiga que atua na capital amazonense, o parlamentar afirmou e disse que isso só mostra o quanto “está no caminho certo”.

“É o que parece, mas isso só mostra o quanto estamos no caminho certo. Nosso trabalho legislativo sempre foi participativo, transparente, e esse segue sendo meu compromisso com a população, em qualquer coisa que eu faça. Se cobrar pelo que é certo tem incomodado alguns adversários, então vou continuar assim, porque sei que esse é o caminho para fazer de Manaus uma cidade melhor. Em 2020, em uma entrevista para o Em Tempo, eu disse que ‘as pessoas vão se surpreender com o nosso trabalho’. É hora de reafirmar isso. As pessoas vão se surpreender pela segunda vez com o nosso trabalho (de maneira positiva)”,

afirmou.

Em maio, Amom criticou os ataques que tem recebido de adversários por sua idade, ele aproveitou para convocar a população para se mobilizar por mudanças em Manaus. 

“A idade média dos políticos envolvidos na Lava Jato é de uns 40, 50 anos. É essa a experiência que querem que eu tenha? A de roubar, de colocar parentes na gestão ou de ‘sortear’ apartamentos para a família? Essa experiência eu não faço questão, não. Os políticos que são mais velhos, já assumiram diversos cargos e sob o comando deles e dos amiguinhos deles nossa cidade ficou abandonada do jeito que tá agora”,

afirmou Amom.

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