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Pesquisa revela ganho médio de um motorista de aplicativo

Além de Manaus, levantamento analisou Brasília (DF), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Salvador (BA), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e outras cidades

Receita pode ser alta, mas gastos mensais também
Receita pode ser alta, mas gastos mensais também. Foto: Reprodução

Há muitos fatores envolvidos para definir quanto ganha, em média, um motorista por aplicativo, pois o número depende da eficiência do veículo, se é carro alugado ou próprio, horas trabalhadas e preço do combustível, por exemplo. O app StopClub, feito para motoristas de app de transporte, fez estimativas baseado em informações inseridas por condutores e concluiu que, em São Paulo, um motorista tem faturamento mensal na casa dos R$ 6.500.

O salário líquido, no entanto, excluindo combustível, IPVA e manutenção, é de R$ 2.500. A estimativa do valor fica da seguinte forma: R$ 6.428,57 de receita mensal e R$ 3.926,96 de gasto mensal – desses, R$ 1.852,50 são com combustível. As horas semanais apontam para o número de 60, o que dá 8,5 horas por dia.

Vale ressaltar que o período trabalhado em sete dias é a mediana dos motoristas cadastrados no app, ou seja, 60 horas semanais é o valor que melhor reflete a realidade dos motoristas, não a média.

“O motorista de app é um empreendedor que chega a ter uma receita alta, mas que tem uma despesa também muito grande. Nossa ideia é que ele não olhe o faturamento total como salário dele, mas que tem outros gastos embutidos”, Pedro Inada, cofundador da StopClub.

No Rio de Janeiro, segunda cidade com mais usuários do app, o faturamento e as horas trabalhadas são menores, mas o lucro é semelhante ao de São Paulo. A análise do salário líquido fica da seguinte forma: R$ 6.000,00 de receita mensal e R$ 3.585,69 de gasto mensal – desses, R$ 1.854,56 são com combustível. As horas semanais apontam para o número de 54, o que dá 7,7 horas por dia.

Em São Paulo e no Rio de Janeiro, há predominância de motoristas com carro próprio com este faturamento: 85% e 84%, respectivamente.

Informações

Para o levantamento, a companhia diz ter usado informações de cerca de 42 mil pessoas que inseriram informações no app, pois representam as principais cidades da plataforma. A coleta de dados foi feita entre novembro de 2023 e junho de 2024.

Além de São Paulo e Rio, outras cidades analisadas foram: Brasília (DF), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Salvador (BA), Recife (PE), Goiânia (GO), Manaus (AM), Belo Horizonte (MG), entre outras.

Posicionamento

Em nota, a Amobitec (Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia), que representa Uber e 99, diz que não reconhece os números citados como representativos da realidade dos motoristas, “pois não foram apresentados critérios técnicos ou qualquer metodologia de amostragem necessária para a realização de pesquisas”. Segundo eles, os números são baseados em informações declaratórias, sem nenhum tipo de checagem ou cálculo probabilístico.

A associação cita uma pesquisa divulgada por eles e pelo Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) em 2023, que estimou que a renda líquida média mensal de motoristas varia entre R$ 2.925 e R$ 4.756, para uma jornada de trabalho de 40 horas semanais. A pesquisa se baseou em 1.518 entrevistas, em amostra aleatória e representativa do 1,3 milhão de motoristas que trabalham com aplicativos no Brasil.

“Sobre a remuneração dos profissionais, as empresas associadas da Amobitec atuam dentro de modelos de negócio que buscam equilibrar as demandas dos motoristas, que geram renda com os aplicativos, e a situação econômica dos usuários, que procuram formas acessíveis de transporte”, diz a nota.

*Com informações de Tilt Uol

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