O Partido dos Trabalhadores (PT) apresentará na próxima quarta-feira (24) para seus candidatos na eleição municipal uma pesquisa mostrando como vota o eleitorado que tem o partido como referência. Um dos objetivos do levantamento é traçar estratégias para a legenda aumentar seu número de vereadores.
O PT tem cerca de 6% dos vereadores do país, patamar bem abaixo da sua popularidade aferida por pesquisas.
“As sondagens de opinião mostram que o PT é disparado o partido de maior preferência entre os brasileiros, em alguns casos chegando a 30% das menções”, diz o secretário de Comunicação da legenda, Jilmar Tatto.
O objetivo, segundo ele, é que os percentuais de popularidade e de vereadores fiquem mais próximos.
“Temos problemas de organização, linguagem e abordagem das pessoas, tanto em campo como nas redes sociais. Muitas vezes somos vítimas nas cidades de caciquismo e coronelismo. A pesquisa aborda tudo isso”, afirma Tatto.
Eleições 2024
Nas eleições deste ano, o PT se prepara para entrar na disputa com a difícil missão de contornar a rejeição ao partido desde os casos de corrupção desvendados pela Operação Lava-Jato. De lá para cá, a legenda encolheu. Em 2012, ainda durante o governo da presidente Dilma Rousseff, o partido comandava 630 prefeituras.
Em 2016, quando os escândalos em série na Petrobras começaram a eclodir, o número caiu para 254. Hoje, o partido controla apenas 179 — e a lista pode diminuir ainda mais a partir do ano que vem.
O PT não terá candidato próprio nas principais capitais do país — uma estratégia contestada até mesmo pelos próprios petistas, cujo objetivo é garantir apoio amplo à reeleição de Lula em 2026. Em São Paulo, por exemplo, o maior colégio eleitoral do País, o partido decidiu apoiar a candidatura de Guilherme Boulos (Psol). O mesmo deve acontecer em outras capitais, como Rio de Janeiro e Salvador. A aposta mais ambiciosa do partido deve se dar em Belo Horizonte, mas nem isso ainda é uma certeza.
No estado de São Paulo, onde Lula venceu seus oponentes em todas as eleições, o PT comanda apenas 4 das 645 prefeituras. A meta neste ano é conquistar entre 15 a 20. Mesmo que esse objetivo modesto se seja alcançado, o resultado ainda ficaria bem abaixo do que o partido obteve em 2012, quando controlava 73 — uma delas a própria capital, com Fernando Haddad, hoje ministro do governo Lula.
*Com informações do site Folha de SP e Veja
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