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Seca 2024

Rio Negro desce mais oito centímetros em Manaus e chega a 25,71 metros

Diferença para 2023 é de 1,47 metros

Imagem aérea da balsa principal do píer turístico nas águas do Rio Negro
Imagem aérea da balsa principal do píer turístico nas águas do Rio Negro. Foto: Divulgação

Manaus (AM) — O Porto de Manaus divulgou, nesta quarta-feira (24), que o Rio Negro em Manaus chegou ao nível de 25,71 metros, oito centímetros a menos da cota registrada na terça (23), que foi de 25,79 metros.

Há um ano, no dia 24 de julho de 2023, o Rio Negro registrava a marca de 27,18 metros. A diferença entre os dois anos é de 1,47 metros.

O movimento de vazante do Rio Negro ganhou força em julho. No início do mês, o rio baixava apenas um centímetro. No último dia 14, o rio vazou 5 cm. Já no dia 19, aumentou para 7 cm.

Impactos da estiagem

Com o nível das águas descendo rapidamente no Amazonas, algumas empresas que realizam transporte de cargas por meio do rio anunciaram os valores que serão cobrados pelo serviço durante a estiagem que atingirá o Estado.

A empresa CMA CGM adicionará o custo de US$ 5,7 mil (cerca de R$ 31,7 mil) por contêiner transportado para Manaus e da capital amazonense para outros locais, a partir do dia 15 de agosto.

A Aliança Navegação e Logística cobrará R$ 15 mil por contêiner a partir do dia 1º de setembro. A MSC cobrará US$ 5 mil (R$ 27,3 mil) já a partir deste mês de agosto. A Maersk cobrará a maior taxa, até o momento: US$ 5,9 mil (R$ 32,2 mil), também a partir de agosto.

O posicionamento das empresas de transporte vem sendo duramente criticado por representantes do setor. O secretário de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Serafim Corrêa, classificou como “absurdo” o comportamento das companhias.

“Antes, o frete que era 3.500 dólares passaram para 11.500 dólares e agora com mais US$ 5, o frete por contêiner passa a ser 16.500 dólares. Ora, um contêiner, e média, o custo da mercadora são 45 mil dólares, 16.500 de frete, isso equivale em torno de 40%, o que é um absurdo! Isso derruba todos os incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus”, relatou o secretário.

Para ele, as empresas estão se aproveitando do momento delicado para lucrar. Além de Serafim, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antônio Silva, também repudiou a atitude das empresas, afirmando que essa nova taxa está preocupando os produtores.

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