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eleição na Venezuela

Ex-chefes de Estado e governo pedem que Lula ‘faça valer’ democracia venezuelana

Grupo pede que o petista reconheça o que classificam como vitória eleitoral de Edmundo González, representante da coalizão de oposição

Em carta, 30 ex-chefes de estado ou de governo pediram ao presidente Lula que ele “faça valer” a democracia na Venezuela.

No documento, enviado nesta segunda-feira (5), eles pedem que o petista reconheça o que classificam como vitória eleitoral de Edmundo González, representante da coalizão de oposição.

O Conselho Nacional Eleitoral venezuelano afirma que Nicolás Maduro foi o vencedor, mas o resultado é questionado por dezenas de países e pela oposição. 

“Instamos Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da república federativa do Brasil, para que, reafirmando seu indiscutível compromisso com a democracia e a liberdade de que goza seu povo, a faça valer na Venezuela”, diz do documento.

Os ex-chefes de estado ou de governo fazem parte do grupo Ideia Democrática, que reúne ex-líderes políticos da América Latina e do Caribe. A entidade já havia feito um pedido semelhante no fim da semana passada ao presidente da Colômbia, Gustavo Petro.

“O evidente sequestro da soberania popular que Nicolás Maduro Moros tem levado a cabo, em conluio com os poderes do Estado que estão ao seu serviço e sob o seu controle, a partir da violação da verdade eleitoral para se perpetuar no exercício do poder e afirmar-se através de uma política estatal repressiva e através da violação generalizada e sistemática dos direitos humanos dos venezuelanos”, escrevem os líderes.

“Admitir tal precedente ferirá mortalmente os esforços que continuam a ser feitos com tanto sacrifício nas Américas para sustentar a tríade da democracia, do Estado de direito e dos direitos humanos”, finalizam.

Até aqui, o presidente Lula não reconheceu a vitória de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais, mas também não classificou o pleito como uma fraude. A postura é parte de uma estratégia do Itamaraty de manter o Brasil como mediador da crise. Oficialmente, o governo brasileiro diz esperar a divulgação detalhada das atas de votação antes de se pronunciar sobre a disputa.

*Com informações do site CNN

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