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Dia dos Pais

Pais aprendem a ser melhores empreendedores com filhos no Amazonas

Empresários aprendem com os filhos como dispor de paciência, gerir sonhos e ter responsabilidade para aplicar em casa e ainda na administração dos negócios

Agosto é mês de celebrar o carinho e o comprometimento dos pais. A data traz à tona a importância da figura paterna, responsável pelo desenvolvimento emocional e social dos filhos. 

Esse trabalho repleto de desafios e responsabilidades é vivido por empreendedores do Amazonas, que aprendem com os filhos como dispor de paciência, gerir sonhos e ter responsabilidade para aplicar em casa e ainda na administração dos negócios.

Como é o caso do empresário Guilherme Alcântara, filho de Francisco das C. H. Alcântara e pai do pequeno Bernardo V. M. Alcântara, de 6 anos, que aprendeu com o filho como lidar com ansiedade, medo, nervosismo, preocupação, alegria e felicidade. 

Guilherme Alcântara e Bernardo Foto: Arquivo Pessoal

Os sentimentos que o acompanham desde o momento que descobriu que seria pai. “Tinha receio de não ser um bom pai e não conseguir educar meu filho da melhor forma possível. Mas com o passar do tempo isso foi se transformando em amor, atenção, carinho e dedicação”, comenta o Mentor de Soft Skills. 

Alcântara diz que a paternidade trouxe um aprendizado constante, uma replicação das qualidades e a certeza de deixar um legado. 

“Uma verdadeira dádiva, é como se você tivesse em suas mãos a maior preciosidade que possa existir e você deve cuidar, ensinar e zelar todos os dias para crescer de forma saudável e feliz”, afirma.

Responsabilidade 

O CEO e fundador da holding de gestão “All In Hub”, Ícaro Gaspar, filho de Pedro Gaspar e pai de Ana Rosa Gaspar, de 12 anos, e João Pedro Gaspar, 2 anos, diz que ao saber da notícia em que seria pai pela primeira vez, um sentimento de responsabilidade gigantesco se integrou às suas emoções. 

“Me senti completo no quesito responsabilidade, parecia que era o que faltava para deixar de procrastinar algumas decisões e amadurecer como ser humano”, analisa Ícaro.   

Ícaro Gaspar, Ana Rosa e João Pedro Foto: Arquivo pessoal

Para ele, que mantém uma rotina constante orientando empresários, ser pai é como ser um “farol” é ser provedor de oportunidades, ser exemplo, direcionar e mostrar os horizontes. 

“Ser pai é saber dizer não para o seu filho com amor! Porque você sabe que se você não fizer, a vida e outros certamente o farão, e certamente será sem amor”, aconselha.   

Sobre o real sentimento da paternidade, Ícaro argumenta que aprende diariamente com os filhos, mas que momentos especiais mostram que ele vem tomando o caminho certo.

“Amor de pai é um sentimento que eu só tive clareza quando a Ana Rosa tinha uns 3 anos e sua professora me falou que ela era incrível, não por causa de suas notas, mas por causa do comportamento e características que ela aprendeu em casa. E sentir que alguns desses traços eram exemplos que eu dava em casa, fez o ‘click’ na minha mente e o senso de responsabilidade passou a se identificar como ‘amor de pai’, não era mais somente a responsabilidade de manter e prover as necessidades básicas de lar, alimentação, educação, mas era transferir para ela o como meu coração enxerga o mundo”, atesta o empresário.  

Desafios da vida 

Rafael Amorim é sócio e diretor comercial do grupo Pará Cabos, filho do fundador da empresa, Evandro Amorim e pai João Vitor, de 13 anos, e Miguel, de 6 anos, analisa que o amor de pai é demostrado também na preparação dos filhos para os desafios da vida.

“Para mim, quando soube do nascimento do meu filho mais novo, João Vitor, foi uma sensação de mudança, com uma nova postura. Era o momento em que todos nossos amigos estavam começando a ser pai e mãe. E foi como um presente, pois estávamos comemorando um ano de casados. Já o Miguel foi mais que um presente para gente, pois era um presente também para o João que queria de presente de aniversário um irmão”, relembra Rafael.           

Rafael Amorim, João Vitor e Miguel Foto: Arquivo Pessoal

Sobre as características mais rígidas normalmente atribuídas aos pais, o empresário conta que herdou muito da forma como cria seus filhos do seu pai, com ensinamentos diretos e até mesmo momentos de rigor, que visam instigar a responsabilidade e a independência, mas com momentos de muito amor paterno que com gestos e ações de apoio e encorajamento.

“Sempre estou próximo dos meus filhos.  Seja conversando, ensinando, brincando e mostrando no dia a dia, a relação de pai e filhos”, conclui.

Impulsionar os negócios

Júlio Tello e filho Juliano Foto: Arquivo pessoal

Para o microempreendedor Júlio Tello, dono da empresa de serviços terceirizados Tello Express, a base familiar é essencial para impulsionar o negócio da família, já que o incentivo que vem de casa ajuda realizar sonhos em comum.

“[Os filhos] ajudam a manter o equilíbrio, temos que estar abertos ao novo e a sonhar. Todo negócio começa de um sonho e uma oportunidades. Quero que o Juliano seja o que tiver vontade ser. Irei investir nele, nos seus sonhos e claro que gostaria sim que ele tomasse conta da empresa no futuro, contudo, só depende dele”, destaca o empresário.

Nelson Wilians e os quatro filhos Foto: Arquivo pessoal

Pai de quatro crianças, o advogado e fundador do maior escritório de advocacia empresarial da América Latina, Dr. Nelson Wilians, concorda com Júlio e destaca como o sentimento de paternidade o ajudou a expandir e ter sucesso em seu empreendimento.

“Ser pai transformou profundamente a maneira como enxergo os negócios. A paternidade, além de me dar equilíbrio, me ensinou a ser mais paciente, a ouvir com mais atenção e a entender diferentes perspectivas, o que se reflete diretamente nas minhas decisões empresariais. Além disso, ao desempenhar um papel tão importante na formação dos meus filhos, aprendo a importância de inspirar e apoiar o crescimento das pessoas ao meu redor. Assim como me dedico a ajudar meus filhos a se desenvolverem, também levo essa mentalidade para o ambiente de trabalho, criando um espaço onde todos possam crescer e prosperar. Acho que aprendi a ver o empreendedorismo sob a lente da paternidade, com empatia e compreensão”, disse.

*Com informações da assessoria

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