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Criptomoedas

Brasileiro é o maior investidor de bitcoin da América Latina

Bitcoin e altcoins compõem a maior parte das carteiras de investidores brasileiros

O Brasil é o país com a maior proporção de bitcoin da região, que representa em média 60% das carteiras, e altcoins (criptomoedas alternativas ao bitcoin).

Dado faz parte da segunda edição do “Panorama Cripto na América Latina”. A pesquisa apresenta o cenário de adoção e tendências que moldaram a criptoeconomia no primeiro semestre deste ano. 

A pesquisa também chama atenção o crescimento de memecoins (criptomoeda inspirada em memes): o Pepe, por exemplo, que não apareceu no ranking do semestre anterior, agora alcançou a segunda posição nas preferências de compra do investidor. 

Criptomoeda Pepe alcançou a segunda posição nas preferências de compra do investidor em 2024 Foto: Reprodução

Outro destaque da análise aponta que, em toda região, os investidores estão cada vez integrando mais as criptomoedas em suas estratégias financeiras, antecipando a data de compra para o período de recebimento do salário. 

“Na primeira metade deste ano, testemunhamos marcos significativos que fortaleceram a confiança na indústria cripto e impulsionaram o crescimento da base de usuários em todos os países onde a Bitso opera. No Brasil, a pouca diversificação das carteiras em torno a ativos mais líquidos, como moeda fiat e stablecoins, e a alta concentração em bitcoin e altcoins nos sinaliza uma estratégia patrimonial voltada a ganhos maiores no longo prazo. É possível que fenômenos importantes que aconteceram no semestre passado, como o halving do bitcoin, tenham contribuído para reforçar esse comportamento”, comenta Thales Freitas, CEO da Bitso Brasil, empresa responsável pela pesquisa.

Crescimento no número de usuários

No primeiro semestre de 2024, a indústria cripto experimentou um crescimento, especialmente após um período difícil em 2023. A Bitso registrou um aumento entre 15% e 18% na quantidade de clientes na América Latina.

Na análise dos principais indicadores, foi notório que eventos como o halving do Bitcoin e o alcance do seu máximo histórico em março de 2024, assim como a aprovação de fundos cotados na bolsa (ETFs) do bitcoin e o anúncio referente ao do ether, sustentaram seu crescimento — ainda que sutil — nas preferências da comunidade cripto na América Latina.

Bitcoin

Bitcoin continua a dominar as carteiras cripto na América Latina Foto: Divulgação

O bitcoin continua a dominar as carteiras cripto na América Latina, sendo a criptomoeda mais popular entre os usuários da região.

Destaque para o Brasil, que tem a maior adoção de todos os países, onde o ativo teve um aumento de 2 pontos percentuais em relação ao semestre anterior e já representa 60% do portfólio médio.

Este número reflete a percepção do BTC como uma reserva de valor consolidada no país.

Além do bitcoin, há uma tendência crescente de aquisição de altcoins e memecoins na América Latina. 

O Brasil possui a maior concentração de altcoins da região, representando 18% das carteiras. Em toda a região, Solana ganhou popularidade tanto para realizar operações (devido à sua rapidez e baixas comissões) quanto para investimento, e tokens como pepe têm ganhado força. 

Perfil do investidor

Conforme relatório, nos últimos anos, o comportamento dos investidores tem passado por uma transformação significativa na região. 

Se no passado o investimento em criptomoedas era visto como uma aposta para recursos financeiros excedentes, hoje, esses ativos já fazem parte do planejamento financeiro regular de muitos entusiastas. 

O estudo aponta que no Brasil, assim como na maioria dos países da região, o maior volume de compra acontece na primeira semana de cada mês, indicando uma correlação entre o investimento e a data de pagamento de salários. 

“Essa mudança de postura reflete um afastamento daquela visão especulativa, que havia no passado, em direção a uma mentalidade mais estratégica. A inclusão de criptoativos no portfólio já não é vista como uma simples aposta de risco, mas sim como uma oportunidade de diversificação e potencialização dos retornos. Quando analisamos os dias de compra e horários de trading (compra e venda), podemos ver também que muitas pessoas usam estratégias de conversão automática, deixando suas operações já agendadas e programado suas compras ou vendas para quando o preço do ativo atinge um determinado valor. Conforme essas práticas vão se tornando mais comuns, os padrões de negociação tendem a se estabilizar e as transações ficam mais consistentes, complementa Thales Freitas”.

O relatório analisou o comportamento da base com mais de 8 milhões de usuários da plataforma da Bitso, durante o primeiro semestre de 2024. O foco esteve nos países onde a empresa opera: Argentina, Brasil, Colômbia e México.

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*Com informações da assessoria

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