No município de Manaus a eleição para prefeito caminhou para o segundo turno. Os vereadores estão escolhidos e deveremos votar entre os dois candidatos mais votados para o Executivo municipal. Votar é expressão do exercício da cidadania. O voto é nossa participação na vida de todo o município.
A Arquidiocese distribuiu um folder onde indicou preocupações e critérios para um voto cidadão. Ele continua válido e necessário no segundo turno. Entre as indicações estavam:
- Educação de qualidade para as crianças e adolescentes
- Sistema público de saúde eficiente e universal Segurança para vivermos em sociedade.
- Moradia digna e acessível à população de baixa renda
- Cuidado com o meio ambiente – nossa Casa Comum
- Atenção especial aos povos indígenas, ribeirinhos, pescadores, quilombolas
- População em situação de rua e outros grupos em situação de risco e vulnerabilidade social.
Diante dessas preocupações, e de tantas outras que afligem os povos, espera-se a garantia de políticas públicas que atendam principalmente os empobrecidos.
Também uma conduta ética nas ações públicas, nos contratos assinados, nas relações com os demais agentes políticos e com os poderes econômicos.
Na escolha do candidato é importante verificar a história, conhecer a trajetória, o passado e as propostas. Identificar as alianças políticas e verificar se é ficha limpa. A Lei Nº 9840/99, “Lei Contra a Compra de Votos” ou “Lei dos Bispos”, que completa 18 anos, possui um papel fundamental para a conquista de um sistema político mais democrático ao combater a compra de votos. É sempre bom lembrar que a compra de voto é crime. Votar não é troca de favores. Voto não tem preço, tem consequência!
É preciso examinar em fontes seguras se as propostas apresentadas correspondem à realidade. A eleitora, o eleitor, deve ter a lucidez de não permitir que a mentira determine seu voto. Saber que o equilíbrio e a complementariedade entre os poderes Legislativo e Executivo são indispensáveis para a consolidação da democracia e o avanço da justiça social no município.
Somos convocados a promover também no segundo turno a fraternidade, a paz, a concórdia. Numa sociedade plural e democrática, é legítimo que todos tenham a possibilidade de chegar às suas próprias conclusões, que nem sempre serão e nem precisam ser, iguais às dos outros.
Um traço essencial do cristão é chamarmos a Deus de Pai-Nosso e, assim, assumimos que somos todos irmãos e irmãs. O município em que vivemos não pode sair do processo eleitoral ainda mais dividido, pois “se um reino se divide contra si mesmo, ele não poderá manter-se” (Mc 3,24).
Seja o segundo turno um período eleitoral pacífico e participativo, ajudemos a construir uma sociedade de comunhão e amizade social.
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