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exploração mineral

Omar Aziz defende regulamentação da mineração e critica perdas econômicas no AM

O parlamentar defendeu a criação de uma regulamentação que permita explorar os recursos minerais de forma controlada

crédito: Roque de Sá/Agência Senado

O senador Omar Aziz (PSD-AM) manifestou-se a favor da regulamentação da exploração mineral no Amazonas, destacando a necessidade de proteger os recursos naturais e evitar prejuízos econômicos para o Brasil. 

A declaração foi feita durante a cerimônia de entrega da Medalha do Mérito Legislativo Ruy Araújo ao prefeito de Parintins, Bi Garcia (PSD), na Assembleia Legislativa do Amazonas.

A fala do senador ganhou destaque após a venda da mina de Pitinga, localizada a 300 quilômetros de Manaus, ao governo chinês por R$ 2 bilhões. 

A mina abriga a maior reserva de urânio do Brasil, mineral estratégico para a produção de combustível nuclear e armamentos. O senador ressaltou a riqueza mineral da região.

“Não é só cassiterita, não é só urânio que nós temos. No Rio Negro não é só o ouro”.

Aziz também criticou o combate ao garimpo ilegal, afirmando que ações como a destruição de balsas de garimpo pela Polícia Federal resultam em perdas financeiras para o país.

“Nego fica tocando fogo em balsas que estão extraindo o ouro, e o Brasil perdendo este dinheiro”.

O parlamentar defendeu a criação de uma regulamentação que permita explorar os recursos minerais de forma controlada, evitando que o ouro extraído clandestinamente na Amazônia seja levado para fora do país sem gerar benefícios econômicos locais.

“O ouro que hoje é tirado dos rios da Amazônia, e principalmente do Amazonas, vai para fora. Não fica no Brasil, de uma forma clandestina”, concluiu o senador.

Exploração Mineral

Em novembro, a empresa estatal chinesa China Nonferrous Trade (CNT) adquiriu, por US$ 340 milhões (aproximadamente R$ 2 bilhões), a maior reserva de urânio do Brasil, localizada no estado do Amazonas.

A CNT é uma subsidiária do governo chinês. A transação foi anunciada no dia 26 de novembro pela mineradora Taboca, responsável pela exploração da mina do Pitinga, em Presidente Figueiredo, na região da hidrelétrica de Balbina, a 107 km de Manaus. A mina é considerada uma das mais promissoras do país.

O comunicado revela que, na data mencionada, a Taboca transferiu 100% de suas ações para a CNT. A Minsur S.A., empresa peruana controladora da Taboca, destacou que esta aquisição abre novas oportunidades de crescimento para a mineradora.

A venda, contudo, levanta preocupações sobre o controle de recursos estratégicos no Brasil. O senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou, em pronunciamento no Plenário, a liberdade concedida a empresas estrangeiras para explorar reservas minerais no país, enquanto restrições são impostas à exploração de recursos pelos brasileiros. Valério questionou o processo de aquisição, levantando suspeitas de favorecimento ao governo chinês.

A reserva de urânio de Pitinga é valiosa não só pelo urânio, mas também por conter minerais estratégicos como nióbio, tântalo, estanho e tório, essenciais para indústrias de alta tecnologia.

O nióbio, em particular, é crucial para a produção de ligas super-resistentes e na fabricação de componentes aeroespaciais, como turbinas, foguetes e satélites.

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