×
Decisão

Juliano Valente é exonerado do cargo de diretor-presidente do Ipaam

Juliano foi afastado do cargo na segunda-feira (9)

Foto: Reprodução

Juliano Valente foi exonerado do cargo de diretor-presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), nesta terça-feira (10).

Ele é investigado pela Polícia Federal (PF) em uma operação que investiga um esquema de corrupção envolvendo fraudes fundiárias e a venda ilegal de créditos de carbono no Amazonas.

A decisão ainda não foi publicada no Diário Oficial da União, mas a informação foi confirmada por membros do Governo do Amazonas.

Ontem, dois servidores foram presos e Juliano Valente foi afastado do seu cargo. A polícia cumpriu também um mandado de busca e apreensão relacionado à superintendente de Agricultura e Pecuária no Amazonas, Dionísia Soares Campos, filha do deputado estadual Sinésio Campos (PT-AM).

A operação Expurgare, deflagrada na segunda, é um desdobramento da operação Greenwashing, cuja investigação resultou em prisões e buscas e apreensões em junho deste ano. A atual fase está mais focada na investigação sobre esquema de “esquentamento” de madeira ilegal.

Conforme a PF, a organização criminosa contava com participação de servidores em cargos estratégicos e de direção do Ipaam.

“Esses servidores utilizavam suas posições para facilitar práticas ilegais, como a emissão de licenças ambientais fraudulentas, suspensão de multas e autorizações irregulares para desmatamento”, cita o comunicado da PF.

A investigação é conduzida pela superintendência da polícia em Rondônia. A decisão sobre as medidas da operação foi emitida pela Justiça Federal no Amazonas.

Segundo a PF, os envolvidos já haviam sido indiciados em 2019 durante a operação Arquimedes, que investigou um amplo esquema de pagamento de propina por madeireiras com atuação ilegal na região amazônica.

As fraudes fundiárias, investigadas na operação Greenwashing, se estenderam por dez anos e tiveram início em Lábrea, no sul do Amazonas, conforme a polícia.

Ao todo, 538 mil hectares de terras públicas foram apropriados de forma ilegal, em esquema na ordem de R$ 1 bilhão, afirmou a PF. As atividades se expandiram para as regiões de Apuí (AM) e Novo Aripuanã (AM).

Para ficar por dentro de outras notícias e receber conteúdo exclusivo do portal EM TEMPO, acesse nosso canal no WhatsAppClique aqui e junte-se a nós! 🚀📱

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *