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Eleição na França

Macron vence Le Pen e é reeleito presidente da França

Macron será o primeiro presidente a ser reeleito na França desde o conservador Jacques Chirac (1995-2007)

Foto: Divulgação

França – O presidente Emmanuel Macron é reeleito presidente da França ao vencer o segundo turno deste domingo (24) contra a candidata da extrema direita Marilene Le Pen, conforme as projeções divulgadas pela imprensa francesa. Minutos após o fechamentos das urnas, Le Pen admitiu a derrota.

Projeção Ifop

  • Emannuel Macron: 58%
  • Marine Le Pen: 42%

Projeção Elabe

  • Macron: 57,6%
  • Le Pen: 42,4%

Projeção Ipsos

  • Macron: 58,2%
  • Le Pen: 41,8%

Macron será o primeiro presidente a ser reeleito na França desde o conservador Jacques Chirac (1995-2007).

“Obrigado por estarem aqui novamente”, disse aos mesários após votar na cidade costeira de Le Touquet, no norte francês, neste domingo.

Marine Le Pen já havia votado mais cedo em seu reduto de Hénin-Beaumont, também no norte do país.

Menos de 15 minutos depois da divulgação das projeções, a candidata Le Pen se pronunciou. Ela admitiu a derrota e afirmou que o resultado ainda é uma vitória para o seu movimento político.

A desafiante ainda disse que a vontade de defender o que é francês foi reforçada, e que seus partidários já foram declarados mortos milhares de vezes, mas sempre foi errado, e que o cenário político francês está se recompondo.

As últimas pesquisas divulgadas na sexta-feira já indicavam que o candidato do “República em Marcha” (LREM), de 44 anos, venceria sua rival do Reunião Nacional (RN), de 53 anos, com uma vantagem menor do que em 2017, quando foi venceu com 66,1% dos votos.

Cinco anos depois, a França não é o mesmo país em que o centrista havia vencido pela primeira vez: protestos sociais marcaram a primeira metade do mandato de Macron, uma pandemia global confinou milhões de pessoas e a invasão russa da Ucrânia abalou todo o continente europeu.

A guerra às portas da União Europeia (UE) marcou a campanha eleitoral, embora a principal preocupação dos franceses seja o seu poder de compra, num contexto de aumento dos preços da energia e dos alimentos.

Além de escolher entre dois modelos de sociedade, os eleitores tinham nas mãos a escolha do lugar no mundo que querem para essa potência econômica e nuclear até 2027.

Le Pen propunha em sua campanha inscrever na Constituição a “prioridade nacional”, a fim de excluir os estrangeiros dos auxílios sociais, e defendia o abandono do comando integrado da Otan e a redução dos poderes da União Europeia.

Mulher com fantasia que representa a Justiça segura cartaz com os dizeres: "emergência ecológica e social: amarelos, verdes, vermelhos e negros todos em paris no século 21" durante ato dos coletes amarelos em Paris em 2019 — Foto: Jean-Christophe Verhaegen/AFP

Mulher com fantasia que representa a Justiça segura cartaz com os dizeres: “emergência ecológica e social: amarelos, verdes, vermelhos e negros todos em paris no século 21” durante ato dos coletes amarelos em Paris em 2019 — Foto: Jean-Christophe Verhaegen/AFP

Em contrapartida, Macron defendeu uma Europa mais forte, seja em questões econômicas, sociais ou de defesa, e espera dar um novo impulso reformista e liberal à França com sua proposta de adiar a idade de aposentadoria de 62 para 65 anos, que em 2020 já gerou protestos em massa.

Uma das chaves para isso estará nas eleições legislativas que serão realizadas nos dias 12 e 19 de junho. De acordo com uma pesquisa divulgada na sexta-feira, 66% querem que Macron perca sua maioria parlamentar.

A última “coabitação” remonta ao período de 1997 a 2002, quando Chirac nomeou o socialista Lionel Jospin como primeiro-ministro.

Os primeiros-ministros social-democratas da Alemanha, Espanha e Portugal, bem como o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, manifestaram seu apoio a Macron durante a campanha.

* Com informações do site G1

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