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Paralisação

Greve dos auditores fiscais compromete funcionamento do PIM

Greve segue por tempo indeterminado

Foto: Divulgação/Receita Federal

A greve dos auditores fiscais, iniciada em novembro de 2024, está comprometendo o desembarque de navios que abastecem as empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM).

Segundo o coordenador nacional do Comando Nacional de Mobilização (CNM), a redução da atividade gerou um acúmulo de contêineres nos portos da capital, o que impedirá que novas embarcações passem pela inspeção do órgão competente.

“Nesse momento, o porto Chibatão e o porto da Super Terminais estão muito próximos do estrangulamento. O que isso significa? Se essa greve continuar, em alguns dias ou algumas semanas os navios não poderão desembarcar seus contêineres aqui, porque não vai ter espaço físico. E com isso, a perda pode ser bastante expressiva”, afirmou.

A greve da categoria ocorre após o governo federal assinar um acordo com as categorias do funcionalismo público, onde se comprometeu em abrir mesas de negociações para tratar das pautas das classes.

Os auditores fiscais alertam não tiveram sua mesa de negociação aberta. A recomposição salarial é um dos pontos levantados na greve.

“A gente assinou esse acordo, mas o governo não abriu essa mesa de negociação conosco. Por isso, a gente continuou fazendo tratativas com o governo, continuou conversando para tentar buscar a abertura dessa mesa, mesmo após esse período que estava no agosto que nós assinamos junto ao MGI [Ministério da Gestão e Inovação dos Serviços Públicos], mas o governo não abriu. No nosso entendimento, o governo está inadimplente conosco e por isso entramos em greve”, contou o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco) no Amazonas, Marcos José Neto.

Com a demora da liberação das cargas, a linha de produção de algumas empresas já estão comprometidas, disse o presidente-executivo do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), Lúcio Flávio.

“Nós vamos ter um estrangulamento dos recintos alfandegários. Daqui a pouco, nós vamos ter uma situação, nós não esperamos, de navios retornando com carga, que é a pior situação que possa existir. Sem contar futuramente, depois, poderá acarretar um período de férias coletivas, porque paralisação de linhas implica nisso, e torcer para que não ocorra nenhuma demissão”, informou.

O Cieam atua como mediador entre as partes, buscando equilíbrio entre as demandas da categoria e os interesses da sociedade.

“Todas as entidades sempre reconheceram o direito legítimo de reivindicação dos auditores fiscais. No entanto, é fundamental que as consequências desse movimento não prejudiquem a sociedade. Já recebemos relatos de empresas enfrentando paralisações nas linhas de produção, o que é preocupante. O movimento precisa ser compreendido como justo, sem que seus efeitos causem danos irreversíveis ao setor produtivo. Esperamos que os interlocutores encarregados de levar essa pauta ao governo federal atuem de forma ágil e eficaz, assegurando um desfecho que contemple ambas as partes”, finalizou Lúcio Flávio.

Leia mais: Auditores fiscais são essenciais para manutenção do fluxo econômico da ZFM

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