Um adolescente de 16 anos foi apreendido em Manaus sob suspeita de abusar sexualmente da própria irmã de 6 anos. Além disso, ele é acusado de produzir, armazenar e compartilhar mídias com cenas de abuso sexual infantil dela e compartilhar com outros pedófilos. O caso foi descoberto durante a “Operação Incestum”, realizada pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) em parceria com a Polícia Federal.
Operação conjunta
Conforme a delegada Letícia Prado, da Polícia Federal, a coordenação da PF em Brasília recebeu informações de uma organização dos Estados Unidos sobre um usuário não identificado que afirmava praticar abusos contra sua irmã de 6 anos e publicava os vídeos em redes sociais.
“Iniciamos a investigação e captamos todo o material pornográfico produzido pelo autor. Identificamos que se tratava de um adolescente e acionamos a delegada Joyce Coelho. Ela nos informou que já tinha informações sobre esse menor. Em operação conjunta, iniciamos as diligências e realizamos a apreensão do adolescente na manhã desta quinta-feira”, explicou a delegada.
Investigação
De acordo com a delegada Joyce Coelho, a investigação começou após a mãe do adolescente registrar um boletim de ocorrência no final de dezembro de 2024, quando recebeu uma foto de abuso enviada pela ex-namorada do suspeito. A adolescente revelou à mãe do suspeito os abusos cometidos pelo filho, o que levou à prisão do adolescente.
“O boletim de ocorrência foi registrado no dia 23 de dezembro de 2024 pela mãe, após ela receber uma foto de visualização única, que foi enviada pela até então namorada do adolescente. Após uma briga com o namorado, a adolescente acabou contando para a ex-sogra o que o irmão fazia com a criança”, relatou a delegada Joyce Coelho.
O jovem admitiu os crimes, detalhando como ele gravava os abusos contra a irmã e compartilhava os vídeos em redes sociais com outros pedófilos. Ele também apontou a ex-namorada, de 17 anos, como co-autora dos abusos.
“Ele informou que ambos abusavam dessa criança e gravavam. Ele também diz que não vendia essas mídias, mas compartilhava com outras pessoas em redes sociais e recebia mídias de outras crianças. O adolescente contou que encontrava essas pessoas pelo X (antigo Twitter) que tinham os mesmos interesses em conteúdo pornográfico de crianças”, afirmou a delegada.
Sobre a participação da namorada do infrator, a delegacia ainda investiga a participação da adolescente no crime.
“A namorada só foi identificada após a escuta da criança, ela também é autora deste ato infracional, mas queremos entender qual a participação efetiva dela. Segundo o adolescente, ela só armazenava, de todo fato, ela era co-autora e todos eles participavam dessa rede de compartilhamentos”, finalizou Joyce Coelho.
A menina está recebendo apoio psicológico, mas encontra-se muito abalada pela situação. As investigações seguem em andamento, e a polícia aguarda os resultados das perícias dos materiais encontrados. A mãe da vítima afastou a criança do irmão após tomar conhecimento dos abusos.
Prisão e Desdobramentos
O adolescente responderá por atos infracionais análogos aos crimes de estupro de vulnerável, produção, armazenamento e compartilhamento de mídias contendo cenas de abuso sexual infantil e ficará à disposição do Juizado da Infância e Juventude Infracional.
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