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Editorial

As armas e o crime

Tal situação se agrava com as Assembleias Legislativas de diversos estados avalizando o acesso a armamentos a amadores membros do grupo conhecido por CAC

Divulgação

Segundo juristas, alguma coisa precisa ser feita para que cesse o incentivo às armas que, no Brasil, está fortalecendo apenas os arsenais das organizações criminosas, aumentando a insegurança e agravando os distúrbios sociais de ponta a ponta no país.

Tal situação se agrava com as Assembleias Legislativas de diversos estados avalizando o acesso a armamentos a amadores membros do grupo conhecido por CAC (Caçador, Atirador e Colecionador), que agora possuem pleno acesso a armas e munições de grosso calibre em quantidades extravagantes.

De acordo com o jornal O Globo, em três anos as licenças concedidas pelo Exército a CACs saltaram 325% (de 255.402 em 2018 para 1.085.888 no ano passado). Ou seja, os colecionadores, mais do que nunca, possuem licença para matar. Não há mais controle sobre a compra e o uso de armas.

Também aumenta o número de delinquentes flagrados com o certificado do CAC e pode-se considerar como preocupante o caso do colecionador Vitor Furtado Rebollal Lopes, conhecido por Bala 40, relatado por O Globo, que foi pego com 26 fuzis AR-15 e 556, três carabinas, 21 pistolas, dois revólveres, uma espingarda calibre 12, um rifle, um mosquetão, além de caixas de munição para fuzis, uma armaria ao todo estimada em R$ 1,8 milhão.

Como membro do CAC, Bala tinha facilidade para comprar legalmente as armas que quisesse para, a seguir, repassá-las às facções criminosas das quais é parceiro no Rio de Janeiro. Tamanha licenciosidade deve ser urgentemente contida em um país que, de forma preocupante, não aceita mais debater desarmamento, preferindo dar asas ao crime.

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