Parlamentares amazonenses utilizaram suas redes sociais, nesta terça-feira (25), para expressar apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, em meio ao julgamento pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). O processo analisa a denúncia contra Bolsonaro e outros sete acusados de envolvimento em uma suposta trama golpista para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as eleições de 2022.
O deputado federal Alberto Neto (PL) divulgou um vídeo em que criticou o julgamento, chamando-o de “a maior farsa da história do Brasil”. “Acusar o presidente Bolsonaro de tentar tramar um golpe na nação, um golpe de Estado sem o uso das Forças Armadas, sem uma milícia armada, isso é uma grande ilusão. É uma farsa do Judiciário para perseguir o presidente Bolsonaro. Não existe no mundo inteiro um golpe de Estado sem a utilização das Forças Armadas”, afirmou o parlamentar.
Alberto Neto ainda destacou que Bolsonaro, no dia 8 de janeiro de 2023, estava nos Estados Unidos e gravou vídeos pedindo calma à população.
“Inclusive, no momento do 8 de janeiro, Bolsonaro estava na Disney, estava nos Estados Unidos e gravou vários vídeos informando que o mundo não tinha acabado, que terão novas eleições futuramente e que era para a população se acalmar. Bolsonaro fez a sua parte. O que estão querendo fazer é uma perseguição política muito cruel. Estão jogando a Constituição do Brasil fora. Estão rasgando. Quem era para proteger a Constituição brasileira está prestes a rasgá-la de vez. Bolsonaro inelegível, Bolsonaro condenado é o maior ataque da democracia nos últimos anos”, concluiu.
“Bolsonaro foi o presidente mais investigado da história do país. Advogado Celso Vilardi disse que a defesa do ex-presidente não teve acesso à integra das provas colhidas”, publicou em outra postagem o parlamentar.
A deputada estadual Débora Menezes (PL) também manifestou apoio ao ex-presidente. “A certeza de que não deve nada a ninguém. Esse é meu Presidente!”, publicou em suas redes sociais junto a um vídeo do plenário do STF que mostrava Bolsonaro.
O Coronel Menezes (PL), aliado próximo e compadre de Bolsonaro, destacou na segunda-feira (24), que o momento atual é crítico para a direita conservadora no Brasil.
“Estamos vivendo a semana mais difícil para a direita conservadora no Brasil desde o seu refugimento com Bolsonaro. Essa semana de 24 a 28 de março. São acontecimentos que podem mudar o rumo do país e influenciar diretamente as eleições de 26. A deputada Carla Zambelli enfrenta o julgamento que já conta com cinco votos favoráveis à sua cassação e prisão. O deputado Eduardo Bolsonaro teve que se afastar do cargo e permanecer nos Estados Unidos praticamente como exilado político. E o mais grave, o julgamento do ex-presidente Bolsonaro, o maior líder da direita brasileira, começa amanhã, sexta-feira”, afirmou.
Menezes afirma que tudo não passa de uma estratégia para inviabilizar a candidatura de Bolsonaro em 2026 e calar os conservadores. Por maioria, o Colegiado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou no dia 30 de junho de 2024 o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível até 2030.
O TSE entendeu que ex-chefe do Poder Executivo cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, para espalhar desinformação sobre o sistema eletrônico de votação, e atacar o Tribunal na tentativa de ter ganhos eleitorais.
“Tudo isso faz parte de uma estratégia para inviabilizar a candidatura de Bolsonaro em 2026 e calar os conservadores. A esquerda sabe que sem Bolsonaro na disputa, o caminho fica livre para manter seu projeto de poder. Precisamos estar atentos a tudo o que está acontecendo. 2026 será um ano decisivo e cabe a nós garantir a verdadeira vontade popular e que ela seja respeitada. Compartilhe esse vídeo e deixe seus comentários.”
O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pela Primeira Turma do STF apura sua suposta liderança em uma organização criminosa armada e tentativa de golpe de Estado. Caso a denúncia seja aceita, Bolsonaro e os demais acusados passarão a responder às ações penais. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-presidente teria utilizado estruturas públicas para promover desinformação sobre o sistema de votação e teria participado de planos para manter-se no poder após as eleições de 2022.
Caso condenado, Bolsonaro pode enfrentar pena de mais de 40 anos de prisão, com as sanções mais severas relacionadas ao crime de liderança em organização criminosa armada. O julgamento no STF segue com atenção redobrada.
O tribunal reforçou a segurança na sede, limitando o acesso a servidores, advogados e jornalistas credenciados. A sessão, presidida pelo ministro Cristiano Zanin, conta com a participação dos ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux. A previsão é que a análise seja concluída até esta quarta-feira (26).
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